ACIDENTES

Os Maiores Acidentes no Brasil – casos registrados de 1967 a 2016

1967 – Terminal petrolífero – TEMADRE, na ilha de Madre de Deus, Bahia de Todos os Santos
Incêndio de grande porte, com dezenas de mortos (ref.”Acidentes Químicos Ampliados”, publ. Fundacentro,. CNQ, SP, 1998)

1972 – Refinaria REDUC, Duque de Caxias, – rodovia Rio de Janeiro – Petrópolis
Vazamento e incêndio em válvula de esfera de GLP, com explosão e lançamento de fragmentos, 38 óbitos, incluindo brigadistas.

1982 – Transporte de derivados . Bairro da cidade de Pojuca, Recôncavo Baiano
Descarrilhamento de 20 vagões-cisterna (15 diesel e 5 gasolina) frete Petrobrás e cias. distribuidoras, composição RFF- Leste; derramamento de combustíveis ao longo da ferrovia, proximo de ruas com residências, pessoas levando latas cheias para casa, incêndio prolongado e disseminado. Mais de 50 óbitos e dezenas de lesões graves.

1982 – Refinaria REVAP, São José dos Campos, S.P.- rodovia Presidente Dutra
Vazamento de gás ácido, com ácido sulfídrico, em tubulação na área de tancagem , contaminação de tomada de ar para casas de controle, 10 mortos instantâneamente, inclusive 03 do socorro médico, e um, dias após.

1984 – Dutovia TEDEP – Alemoa, Santos – a- RPBC-Cubatão . Bairro Vila Socó, de Cubatão
Rompimento de duto de gasolina, com derramamento prolongado sobre o manguezal, seguido de explosões e incêndios atingindo as palafitas e barracos da favela . Mais de 90 óbitos oficiais e mais de 500 desaparecidos estimados.

1984 – Plataforma Central de Enchova PCE-1, “Bacia de Campos”, mar do Norte Fluminense
Erupção de blow-out – golpe de bolsa de gás – num dos poços conectados à plataforma, operada pela empresa POZOS, com explosão, incêndio prolongado e evacuação do convés. Acidente com uma das embarcações de abandono (baleeira MACLAREN) , rompimento do cabo do truco com queda e mergulho da embarcação. 42 mortos, 207 sobreviventes.

1988 – Plataforma Central de Enchova PCE-1, “Bacia de Campos”, mar do Norte Fluminense
Reconstruída parcialmente e novamente operando e ampliando as atividades, a plataforma sofreu outro “blow-out”, com explosão e fogo, desta vez sem mortos, com a fuga dos 250 trabalhadores pela passarela de ligação com o “floating hotel Safe Jasmínia”; incêndio durante um mês até a obturação de poços, corte de produção de 80 mil b/ d, 15% da produção Petrobrás na época, destruição total do convés.

1991 – Refinaria Manguinhos (Grupo Peixoto de Castro, hoje associado com a YPF) , Rio de Janeiro, bairro Benfica
Vazamento de cru reduzido a 300oC da torre de destilação atmosférica, seguido de “flasheamento”, incêndio, com propagação do mesmo devido à explosão de cilindros de amônia, ferimentos em trabalhadores (1 grave com 90 % do corpo queimado), um óbito e feridos na favela próxima durante o pânico; bloqueio da Av. Brasil, proximidade com outras instalações de risco e concentrações de pessoas: ind. química Prosint (também do Grupo Peixoto de Castro – fabricação de metanol), entre a Av. Brasil e L. Vermelha, linha de Gás Natural CEG, Fundação Oswaldo Cruz (fábrica de vacina, laboratório, atend. ambulatorial e hospitalar ).

1998 – Refinaria Gabriel Passos (Regap), Betim, Região Metropolitana de Minas Gerais
Erros no projeto dos dutos não permitiram impedir que um vazamento de nafta atingisse um setor no qual um trabalhador realizava um serviço de solda. O fogo se espalho rapidamente causando a morte de seis pessoas e ferimentos graves em outras seis.

2001 – Acidente na P-36
Dia 15 de março de 2001. Duas explosões na P-36 culminariam com a morte de 11 petroleiros e o afundamento, cinco dias depois, da maior plataforma submersível do mundo. Após a P-36, outros 13 petroleiros já morreram em acidentes de trabalho. Desde 1998, são 106 mortes registradas pelos sindicatos e pela FUP, 79 delas vitimando trabalhadores de empresas terceirizadas. Mortes que poderiam ter sido evitadas se a direção da Petrobrás atendesse às reivindicações dos trabalhadores, como recomposição do efetivo próprio da empresa (reduzido praticamente à metade na última década); o fim da terceirização, do acúmulo de horas extras e da multifunção; maiores investimentos em programas de treinamentos, entre tantos outros pontos relacionados à segurança.

2013 – Incêndio em P-20
Um incêndio de grandes proporções atingiu o convés principal em P-20, Plataforma da Petrobras no Campo de Marlim, por volta das 18 horas do dia 26 de dezembro de 2013. Dois trabalhadores contratados sofreram acidentes por conta do incêndio sendo um por inalação da fumaça e outro com uma torção no tornozelo. A produção foi parada.

2015 – FPSO São Matheus
Nove trabalhadores morreram e 26 ficaram feridos no acidente ocorrido no dia 11 de fevereiro no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, que atuava no Campo de Camarupim, nas proximidades de Aracruz/ES. O FPSO era operado pela norueguesa BW Offshore e afretado à Petrobras. Foram apontadas no relatório interno da Petrobrás como causas do acidente uma sucessão de erros que envolveu falhas técnicas, de procedimentos e de tomada de decisões.
Esse foi considerado o pior acidente da história do Espírito Santo no setor de petróleo e gás e o mais grave do país dos últimos 14 anos, após a P-36.

2016 – Incêndio em P-48
No dia 17 de março chamas que começaram por volta das 13h40 tomaram parte do convés da plataforma de P-48 na Bacia de Campos, atingindo mais de 20m de altura e uma extensão de 220m dos 336m a boreste da unidade. O incêndio começou nas proximidades Módulo 4. A Unidade de Manutenção Praia de Itaipú, que estava ligada à P-48, foi desacoplada. A plataforma fica a 150km de Macaé e a 140km do Farol de São Tomé, em Campos. Por volta das 16h o fogo foi controlado e houve uma vítima com queimadura.