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Luiz Bispo
Ato político de descomemoração do Golpe Militar de 64 realizado no dia 31 de março, na Associação dos Ferroviários Aposent ados e
Pensionistas de Macaé. Da esq. p/dir. Ivânia Ribeiro, ao microfone Lauro Martins, o vereador Marcel Silvano (PT) e o diretor do Sindipetro-
NF, Valdick Oliveira.
colunas vermelhas macaenses. cação" da causa comunista. "Não à Da mesa do presidente da Repúbli-
Aristóteles de Miranda Melo é um toa Macaé era chamada de ca, o telegrama foi expedido para a
deles. Hoje nome de rua no Parque Moscouzinha", expõe Martins. sede do DOPS no estado do Rio,
Aeroporto, o ex-deputado estadual diretamente ao gabinete do delega-
comandou greves junto aos ferrovi- PCB denunciou a general do-chefe da instituição, Alvim de
ários. "Ele organizava o partido em "provocações" da polícia Souza. Em seguida, o comunicado
Macaé", lembra Martins. foi repassado para a Delegacia de
Nos arquivos do DOPS, Miranda Em junho de 1946, entrou no Polícia de Macaé, alvo da denún-
Melo é rotulado como "propagan- registro de protocolo da Presidên- cia. E, para completar o ciclo, o
dista" da causa socialista. Um cia da República, comandada já então delegado na cidade, Italo
relatório da Delegacia de Polícia de pelo general Eurico Gaspar Dutra, Baroni, respondeu da seguinte
Macaé da década de 1940 informa um telegrama assinado por Antonio forma, por meio de ofício, à chefia
que Miranda Melo morava no Cruz, secretário político do Partido do DOPS:
Cajueiros e organizava reuniões Comunista do Brasil em Macaé. Esta delegacia "desconhece qual-
políticas em sua casa. Nas linhas do documento, uma quer provocação feita por elemen-
Outro militante que enfrentou grave denúncia, que explicitava tos atrabiliários no seio dos operári-
perseguição em diferentes gover- também o tanto de coragem dos os desta cidade, sendo portanto
nos foi Constancio de Oliveira. militantes socialistas da cidade. improcedente as alegações cons-
Apontado pelo DOPS como "simpa- O comitê municipal da sigla recla- tantes do telegrama do Comite
tizante" do PCB na primeira meta- mava de "provocações feitas" por Municipal do Partido Comunista do
de do século passado, ele chegou a "elementos atrabiliários" que Brasil em Macaé, dirigido ao Exmo.
ser preso durante o regime militar. comprometiam o governo federal e Sr. Presidente da República."
Diante desse cenário, até mesmo conspiravam contra os trabalhado- As autoridades do Norte
antigos socialistas do Norte res. Em outras palavras: o telegra- Fluminense tomaram a denúncia,
Fluminense compreendem o trecho ma relatava que a polícia feita diretamente a Gaspar Dutra,
do documento do DOPS que macaense se voltava aos operários, como um ato de ousadia. E a
classificava a cidade do Norte fazendo provocações contra eles consequência direta pode ter sido
Fluminense como "campo fértil com o objetivo de "atirar nosso um recrudescimento na já violenta
para o desenvolvimento e multipli- glorioso partido na ilegalidade". repressão e investigação sobre as
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Ato político de descomemoração do Golpe Militar de 64 realizado no dia 31 de março, na Associação dos Ferroviários Aposent ados e
Pensionistas de Macaé. Da esq. p/dir. Ivânia Ribeiro, ao microfone Lauro Martins, o vereador Marcel Silvano (PT) e o diretor do Sindipetro-
NF, Valdick Oliveira.
colunas vermelhas macaenses. cação" da causa comunista. "Não à Da mesa do presidente da Repúbli-
Aristóteles de Miranda Melo é um toa Macaé era chamada de ca, o telegrama foi expedido para a
deles. Hoje nome de rua no Parque Moscouzinha", expõe Martins. sede do DOPS no estado do Rio,
Aeroporto, o ex-deputado estadual diretamente ao gabinete do delega-
comandou greves junto aos ferrovi- PCB denunciou a general do-chefe da instituição, Alvim de
ários. "Ele organizava o partido em "provocações" da polícia Souza. Em seguida, o comunicado
Macaé", lembra Martins. foi repassado para a Delegacia de
Nos arquivos do DOPS, Miranda Em junho de 1946, entrou no Polícia de Macaé, alvo da denún-
Melo é rotulado como "propagan- registro de protocolo da Presidên- cia. E, para completar o ciclo, o
dista" da causa socialista. Um cia da República, comandada já então delegado na cidade, Italo
relatório da Delegacia de Polícia de pelo general Eurico Gaspar Dutra, Baroni, respondeu da seguinte
Macaé da década de 1940 informa um telegrama assinado por Antonio forma, por meio de ofício, à chefia
que Miranda Melo morava no Cruz, secretário político do Partido do DOPS:
Cajueiros e organizava reuniões Comunista do Brasil em Macaé. Esta delegacia "desconhece qual-
políticas em sua casa. Nas linhas do documento, uma quer provocação feita por elemen-
Outro militante que enfrentou grave denúncia, que explicitava tos atrabiliários no seio dos operári-
perseguição em diferentes gover- também o tanto de coragem dos os desta cidade, sendo portanto
nos foi Constancio de Oliveira. militantes socialistas da cidade. improcedente as alegações cons-
Apontado pelo DOPS como "simpa- O comitê municipal da sigla recla- tantes do telegrama do Comite
tizante" do PCB na primeira meta- mava de "provocações feitas" por Municipal do Partido Comunista do
de do século passado, ele chegou a "elementos atrabiliários" que Brasil em Macaé, dirigido ao Exmo.
ser preso durante o regime militar. comprometiam o governo federal e Sr. Presidente da República."
Diante desse cenário, até mesmo conspiravam contra os trabalhado- As autoridades do Norte
antigos socialistas do Norte res. Em outras palavras: o telegra- Fluminense tomaram a denúncia,
Fluminense compreendem o trecho ma relatava que a polícia feita diretamente a Gaspar Dutra,
do documento do DOPS que macaense se voltava aos operários, como um ato de ousadia. E a
classificava a cidade do Norte fazendo provocações contra eles consequência direta pode ter sido
Fluminense como "campo fértil com o objetivo de "atirar nosso um recrudescimento na já violenta
para o desenvolvimento e multipli- glorioso partido na ilegalidade". repressão e investigação sobre as
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