10ª Plenafup: Lideranças partidárias defendem unidade para derrotar o atraso e o fascismo

Da Imprensa da FUP – Reconstrução e transformação do Brasil: do que estamos falando? Para discutir os desafios desta conjuntura tão complexa e perigosa que o Brasil atravessa, a primeira mesa temática da 10ª Plenária Nacional da FUP contou com a participação de representantes dos principais partidos do campo da esquerda. O debate foi transmitido ao vivo pelos canal da FUP no Youtube, com mediação dos petroleiros Tezeu Bezerra (Sindipetro NF) e Fátima Viana, a Fafá (Sindipetro RN).

Gleisi: “Petroleiros têm centralidade no debate nacional”

A presidenta nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, ressaltou a importância das trabalhadoras e trabalhadores petroleiros na defesa da Petrobrás. Ela também destacou a centralidade da FUP no debate nacional, ao denunciar desde 2016 os impactos da nefasta política de preços dos combustíveis que foi implementada após o golpe. “O debate que vocês estão fazendo em relação ao desenvolvimento do Brasil e à política de preços da Petrobrás tem sido de fundamental importância”, afirmou a deputada.

Gleisi enfatizou os efeitos cruéis dos preços abusivos dos combustíveis. “É por conta, principalmente, dessa política que estamos vivendo a tragédia do Brasil. Ela é a causadora da inflação e das principais mazelas que o povo vem enfrentando”, destacou a presidenta do PT.

“Nós estamos a cinco meses da eleição e é neste processo eleitoral que vamos ter que derrotar o atraso, a extrema direita, o fascismo. É por esta razão que nós lançamos o movimento ‘Juntos pelo brasil’. É um chamado a todas as forças progressistas e democráticas para que a gente possa ter novamente a política como centro do debate”, afirmou a deputada, convocando a FUP, os sindicatos e a categoria petroleira a estarem juntos nessa caminhada.

Orlando Silva: “Bolsonaro é funcional ao capital”

O deputado federal Orlando Silva, do PCdoB, afirmou que além de derrotar Bolsonaro na eleição, é necessário isolá-lo. “O risco do bolsonarismo avançar com seu projeto fascista é real. Bolsonaro controla um poder importante no Estado brasileiro. Tem meios, recursos, instrumentos para polarização da política e eles estão usando isso com muita energia. Eles aparelham o Estado com toda a força, a serviço de um projeto de poder”, ressaltou o parlamentar.

Orlando Silva enfatizou que o governo Bolsonaro “é funcional ao capital”, ao aplicar a “receita econômica do liberalismo extremo, cujo expoente é Paulo Guedes”. O líder do PCdoB alertou ainda para o poder que o bolsonarismo tem. “Estamos lidando com um adversário que tem exército, tem dinheiro, tem armas. Não podemos ter medo e também temos capacidade de mobilização, mas precisamos caracterizar nosso adversário, ao qual não podemos subestimar”, afirmou.

Arcary: “A missão da nossa existência é derrotar a extrema direita”

Valério Arcary, da Coordenação Nacional do PSOL, lembrou que um dos principais objetivos do golpe de 2016 foi “capturar a Petrobrás para os interesses estratégicos do capitalismo brasileiro”. Ele afirmou que, apesar de “estarmos cercados pelas forças inimigas”, abriu-se uma brecha com a unidade dos partidos de esquerda. “O que o Bolsonaro ambiciona é reposicionar o capitalismo brasileiro no mercado mundial, um processo de recolonização do Brasil. Ele quer entregar a Petrobrás por isso. É tão grave que o PSOL pela primeira vez não vai apresentar candidato no primeiro turno. A missão da nossa existência é derrotar o Bolsonaro e a extrema direita”, enfatizou.

Leornado Péricles: “Esse é um governo lesa-pátria e anti-povo”

O pré-candidato à presidência, Leonardo Péricles, da Unidade Popular pelo Socialismo (UP), ressaltou a importância da recuperação da soberania energética. “Esse é o governo dos banqueiros e dos generais, é um governo que ataca nossa soberania energética. O PPI explode o preço do gás e dos combustíveis e com isso todos os demais produtos. Quem perde com isso é nosso povo. Esse é um governo lesa-pátria e anti-povo”, afirmou.

A 10ª Plenafup começou nesta quinta, 12, e prossegue até sábado, 14, com participação de petroleiras e petroleiros de todo o país. O evento está sendo realizado de forma remota, através de reuniões por videoconferência.

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