O 11º dia da greve nacional dos petroleiros começou intensa no Norte Fluminense, com novas adesões e mobilizações nas bases. A avaliação dos sindicalistas é a de que a paralisação vai crescer, atingindo áreas que estão sob forte pressão da gestão da empresa, como salas de controle e equipes de planejamento de manutenção das plataformas (PMB).
No final desta manhã, chegava a 24 o número de plataformas representadas pelo Sindipetro-NF que tiveram a operação entregue pelos trabalhadores à gestão da Petrobrás, aderindo à greve. Outras três plataformas, também com trabalhadores sindicalizados ao NF, tiveram equipes de terra que se negaram a embarcar, cortando a rendição da equipe que está a bordo.
Bem cedo, os trabalhadores da base de Imbetiba foram recepcionados por atividade do Sindipetro-NF, com faixas, cartazes e falas que buscavam conscientizar os petroleiros e petroleiras das áreas administrativa para adesão ao movimento.
Ao mesmo tempo, outros diretores do sindicato estavam em Cabiúnas, também em Macaé, recepcionando os trabalhadores que iriam entrar para a base, mas decidiram não fazer a rendição. Além de não entrar para o trabalho, o grupo seguiu para o Aeroporto de Macaé para contribuir no convencimento dos petroleiros que chegavam para o embarque, lotando o saguão.
No Rio, uma comissão de dirigentes sindicais mantém, há 12 dias, a ocupação de uma sala no Edifício Sede da Petrobras (Edise), no quarto andar, onde funciona a gerência de Recursos Humanos da empresa. Eles pressionam a gestão da companhia para que sejam recebidos para negociarem as pautas do movimento.
Os petroleiros em greve reivindicam o cancelamento de cerca de mil demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), o fim do desmonte da Petrobrás por meio da venda de ativos e uma política de preços justos para os combustíveis.
[Foto: Petroleiros de Cabiúnas não entram para o trabalho e seguem para o aeroporto de Macaé, nesta manhã / Luciana Fonseca – Imprensa do NF]