13º Congrenf: reformas farão valer a exploração da miséria

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A última mesa de debates desta terça, 27, no 13° Congresso dos Petroleiros e Petroleiras do Norte Fluminense teve como tema “O Golpe é contra os trabalhadores e as trabalhadoras”.  Participaram da mesa pelo Coletivo de Mulheres da FUP e  Sindipetro-BA, , Rosângela Maria Santos , pelo Dieese-RJ, Jéssica Naime e a advogada e ativista das mídias sociais, Maria Goretti Nagime, que foram moderadas pela diretora Conceição de Maria.

Rosângela Maria Santos fez uma grande explanação sobre os impactos da reforma trabalhista citando que a mídia dá muito destaque ao fim do Imposto sindical e que isso é absorvido pela mídia, porque as pessoas não reconhecem o papel dos sindicatos na construção da sociedade. Para ela o grande desafio é alcançar “corações e mentes” dos individualistas e conscientizá-los que a reforma aprofundará as desigualdades em nosso país.

Chamou atenção para o fato de que o cálculo das indenizações trabalhistas será proporcional ao salário da vítima. “Acho que o governo coloca preço em nossas vidas de acordo com a nossa posição social, Imagine por exemplo que numa empresa a engenheira e a faxineira tenham sido assediadas pelo chefe e entram na justiça contra ele. Se as duas ganham as indenizações serão diferentes para um mesmo crime” – explica.

Na visão de Maria Goretti Nagime o maior problema da Reforma Trabalhista é passar o negociado vale mais que o legislado. “A aprovação desse ponto fará valer a exploração da miséria humana, porque vai passar a valer a pessoa trabalhar por um prato de comida, por isso estamos na ruas” – disse alertando para o grave fato.

Jéssica Naime fechou as apresentações da noite e saudou uma mesa composta só por mulheres. Sua exposição também teve como base os antecedentes e o contexto da aprovação dasa reformas e suas consequências na vida do trabalhador brasileiro. “A crise veio como um divisor de água com a estratégia de empobrecimento de uma parcela da classe trabalhadora e de apropriação de riquezas numa velocidade muito rápida”. Apesar dessa informação, Naime reafirmou ao final de sua fala que está confiante na capacidade de reação do povo. “Temos uma juventude politizada e podemos contar com ela para debater e fazer o enfrentamento nos espaços públicos” – concluiu.