Após mais uma grande mobilização realizada pela categoria petroleira no dia 12 de agosto, em frente à sede da Petrobrás (Edisen), representantes das entidades que integram o Fórum em Defesa dos Participantes e Assistidos da Petros iniciaram uma nova rodada de reuniões com os diretores da Petrobrás.
A primeira reunião foi com o diretor financeiro Fernando Melgarejo, e a diretora de Assuntos Corporativos, Clarice Coppetti, no dia 12 de setembro.
Em seguida, as reuniões foram com os diretores de Logística, Claudio Schlosser e de Processos Industriais, William França, as diretoras de Transição Energética, Angélica Laureano, Engenharia e Inovação, Renata Baruzzi e Exploração e Produção, Sylvia Anjos, e por último, o diretor de Governança e Conformidade, Ricardo Wagner, realizada no dia 18 de novembro.
Em todas essas reuniões a cobrança foi a mesma: a necessidade da diretoria da Petrobrás aprovar o valor financeiro da ampla transação judicial, que será necessário para garantir o fim ou a redução significativa dos Planos de Equacionamentos da Petros (PEDs) para quem aderir ao novo plano da Petros.
Nesse mesmo período fizemos reuniões com lideranças políticas em Brasília-DF: os deputados federais Lindberg Farias, líder da bancada do PT na Câmara Federal, além de Carlos Zaratini, do PT-SP, Rogério Correia do PT-MG, entre outros, sempre buscando o apoio político para que possamos cobrar da direção da Petrobrás e, se necessário, do governo federal, a solução desse grave problema.
No dia 29 de outubro fizemos novas mobilizações, mas de forma descentralizada, nas portarias dos prédios administrativos da Petrobrás EDIBA, EDISA, EDIVIT, EDISER, EDMAN, EDIRN e EDISEN
Mais recentemente, quando faltava apenas a reunião com o diretor Ricardo Wagner, fizemos uma nova reunião com o diretor Fernando Melgarejo, no dia 14 de novembro, para cobrar quando a proposta da ampla transação judicial seria deliberada na diretoria executiva da Petrobrás.
Nessa reunião, que foi muito positiva, o diretor informou que estava empenhando em deliberar, ainda este ano, na diretoria executiva, a proposta da ampla transação judicial e que, após a sua aprovação, a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard solicitaria a mediação do TCU.
Nessa mesma reunião ficou definida a necessidade de elaborar um cronograma, com todas as próximas etapas e prazos para a deliberação da proposta final, na Diretoria e no Conselho de Administração – CA da Petrobrás e, finalmente, nas Assembleias das entidades sindicais e associativas.
Enquanto isso, os representantes da Previc e da Sest na Comissão Quadripartite ainda não assinaram o Relatório final para que pudéssemos publicar como será a modelagem do novo plano.
Finalmente, na reunião realizada hoje, dia 02 de dezembro, com os representantes da Petrobrás, que participaram do GT Petros e da Comissão Quadripartite, foi definido esse cronograma e a necessidade de uma nova reunião com os representantes da Previc e da Sest para liberar o Relatório final da Comissão Quadripartite.
De acordo com esse cronograma, após o TCU aceitar a solicitação de mediação, a ser feita pela presidente da Petrobrás, o prazo necessário para cumprir todas as próximas etapas, até a realização das Assembleias das entidades sindicais e associativas, será de 08 (oito) meses.
Nesse período está previsto a conclusão da mediação no TCU, a aprovação da proposta final, em definitivo, na diretoria e no CA da Petrobrás e a elaboração e apresentação, pelas direções da Petros e da Petrobras, de toda a documentação necessária para que os participantes e assistidos deliberem nas Assembleias, as suas respectivas entidades sindicais e associativas, essa proposta final que irá eliminar ou reduzir significativamente os PEDs: regulamento completo do novo plano, termo de migração, termo de transação judicial e simulador de benefícios.
Após a realização de todas essas reuniões e mobilizações que realizamos, para pressionar os gestores da empresa, uma reflexão tem que ser colocada objetivamente para não haver margem de dúvida para categoria petroleira do Sistema Petrobrás, principalmente aqueles que ingenuamente ou propositadamente espalham que tudo isso que fizemos até agora é um jogo de cartas marcadas para ludibriar ou enganar os participantes e assistidos do PPSP-R e PPSP-NR pós 70, pois, passado mais de dois anos, ainda não temos uma proposta final para eliminar os seus atuais e futuros equacionamentos.
O fato é que a elaboração dessa proposta final é difícil e muito complexa. Além disso, as últimas mobilizações que fizemos foram aquém do necessário para pressionar a direção da empresa e acelerar toda essas etapas.
Essa demora pode levar a uma descrença, mas nós representantes da categoria continuamos acreditando e trabalhando para a conclusão da proposta final e temos a certeza que a categoria junta e mobilizada pode mudar o seu futuro!
Entretanto, ao mesmo momento, a direção da Petrobrás busca fechar o seu balanço financeiro com o melhor resultado possível, apesar da queda do barril de petróleo no mercado internacional, o que influencia diretamente e negativamente nos resultados financeiros da Companhia.
Isso pode afetar a decisão da diretoria e do CA da empresa, em relação ao valor da transação judicial, mesmo que esses valores não sejam pagos à vista, mas de acordo com o fluxo de pagamento de benefícios no novo plano.
Frente a esse risco, as direções da FUP e da FNP incluíram nas negociações do novo Acordo Coletivo – ACT do Sistema Petrobrás, que a solução para os PEDs são prioridade e cobram a inclusão de uma cláusula que garanta esse compromisso.
Na próxima semana provavelmente deverá haver uma nova contraproposta da gestão da Petrobrás para o novo ACT.
Para que essa contraproposta atenda minimamente as principais reivindicações da categoria, inclusive com relação ao fim dos PEDs, precisaremos nos mobilizar, tantos os trabalhadores da ativa, como também, aposentados e pensionistas.
Nesse sentido, assim que a gestão da empresa apresentar sua nova contraproposta serão realizadas novas Assembleias.
Caso essa nova contraproposta não atenda as principais reivindicações da categoria, principalmente em relação ao compromisso para o fim dos PEDs, será indicada, para aprovação nessas Assembleias, a realização de uma greve por tempo indeterminado e a retomada da Vigília no Edisen.
A previsão de inicio dessa Greve e da Vigília é a partir do próximo dia 11 de dezembro.
Enquanto isso, continuaremos a agendar reuniões com lideranças políticas do Congresso e do Governo, buscando apoio político e institucional para a solução definitiva dos PEDs. Uma dessas reuniões inclusive seria com o Ministro da Economia Fernando Haddad.
Por fim, temos certeza que somente todos juntos, unidos, na luta, como a história da categoria demonstrou, é possível fazer valer nossas reivindicações!
Para o trabalhador nada é fácil e somente na luta conseguimos conquistar e garantir nossos direitos.
Reforçamos a importância da categoria continuar mobilizada e unida. Lembramos que a única fonte de informação sobre os trabalhos para resolver os equacionamentos são as entidades que integram o Fórum em Defesa dos Participantes da Petros.
Qualquer outra informação que não seja divulgada pelos dirigentes dessas entidades não passa de mera especulação, distorção e desinformação (fake news), com o objetivo de prejudicar o andamento e o resultado dos trabalhos.
Vamos caminhar juntos enquanto categoria organizada e solidária para a solução que os participantes e, principalmente, os assistidos da Petros anseiam e precisam!
FÓRUM DAS ENTIDADES EM DEFESA DOS PARTICIPANTES DA PETROS
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
Federação Única dos Petroleiros (FUP)
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Portos (Conttmaf)
Federação das Associações de Participantes de Fundos de Pensão, Anistiados, Empregados e Ex-Empregados do Sistema Petrobrás e Petros (Fenaspe)
Associação de Mantenedores-Beneficiários da Petros (Ambep)





