1º dia de greve nas obras da Repar e Fosfértil registra adesão maciça

Pressão total!Começou na manhã desta terça-feira (07) a greve por tempo indeterminado dos cerca de 10 mil trabalhadores das obras de ampliação e manutenção da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar/Petrobras) e da Fosfértil, em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba. Os operários aderiram maciçamente ao movimento e prometem muita luta para conquistar suas reivindicações. 
Na tarde de segunda, uma comissão patronal que representa aproximadamente 90% das 31 empresas que executam os serviços nas unidades industriais foram à sede da CUT Paraná para apresentar uma contraproposta às reivindicações dos trabalhadores. Em suma, ofertaram reajuste salarial de 6%, cesta básica no valor de R$ 60,00 e abono para os trabalhadores que estão a um ano da aposentadoria.

Os operários rechaçaram a contraproposta na assembleia realizada pela CUT nos portões PV-9 e PV-5 da Repar e deflagraram a paralisação. A pauta dos trabalhadores prevê piso salarial de R$ 897,60, correção salarial pelo INPC mais 20% de aumento real nos salários, cesta-básica e crédito alimentação, horas-extras com adicional de 100% e 200%, adicional de periculosidade de 30%, ajuda de custo de R$ 450,00, fim do contrato por obra certa, entre outros.

O presidente da Confederação dos Sindicatos da Construção da CUT (Conticom-CUT), Waldemar Pires de Oliveira, avaliou positivamente o movimento grevista. “Foi excelente para o primeiro dia de mobilização. Os trabalhadores demonstraram firmeza e nos passaram muita confiança. Também mostraram que apoiam as lideranças do movimento. A CUT e os sindicatos estão de parabéns pela realização dessa combativa greve”, afirmou.

A comissão dos trabalhadores foi convocada pelos empresários para uma nova rodada de negociação no final da tarde desta terça, em Curitiba. A orientação da CUT é para que os trabalhadores compareçam novamente nos dois portões da Repar para a realização de mais uma assembleia na manhã desta quarta-feira, a partir das 7 horas, para apreciar uma possível contraproposta dos patrões. “A greve está apenas começando, vamos fortalecer a unidade para avançar e conquistar um acordo condizente com a força do movimento, já que a adesão dos trabalhadores é maciça”, diz Roni Anderson Barbosa, presidente da CUT no Paraná.

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