NF promove noite de troca de experiências e de afetos no Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Aconteceu na noite do dia 25 na sede do Sindipetro-NF em Macaé a celebração do  Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A diretora do Departamento de Cultura, Bárbara Bezerra, abriu o evento e explicou a importância e o surgimento da data em 1992.

O primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas aconteceu em Santo Domingo, na República Dominicana, onde levaram ao evento, discussões sobre os diversos problemas e alternativas de como resolvê-los. A partir desse encontro, nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas. A Rede, junto à Organização das Nações Unidas (ONU) lutou para o reconhecimento dessa data.

No Brasil coube à presidenta Dilma em 2 de junho de 2014, instituir por meio da Lei nº 12.987, o dia 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das principais mulheres, símbolo de resistência e importantíssima liderança na luta contra a escravização.

Em seguida, conduzidas pela diretora do Sindipetro-NF Jancileide Morgado e pela Assistente Social do NF, Danielle Araújo, as palestrantes Conceição de Maria, Zoraia Braz, Jô Wilme e Ivonete da Mota Lopes falaram de suas experiências baseadas no tema do evento “Lembre-se, honre e avance”. Todas fizeram questão de honrar sua ancestralidade.

“As mulheres não precisam de rituais para festejar a vida.Elas são a festa da vida.” Com essa frase de Mia Couto em O Fio das Missangas, a petroleira Conceição de Maria falou da importância em pensar na ancestralidade e se orgulhar disso. Também falou da dificuldade das mulheres negras ocuparem espaço na política, que é um espaço extremamente masculino e da necessidade dessas mulheres pensarem em políticas públicas específicas.

Ivonete Lopes lembrou do apagamento que as mulheres negras sofreram na história brasileira e que isso é um ato político. “Honrar é devolver àquele povo o que ele tem de direito. Queremos respeito ao povo negro. Não podemos esquecer que viemos para cá obrigados e escravizados” – disse.

“Essa data veio para nos lembrar a força que nós, mulheres negras temos!” – lembrou a pedagoga e cantora Jô Wilme. Para ela é necessário recriar a força de África de acolhimento e cuidado e assim, se entender como um elo e se fortalecer.

Para a Secretária de Igualdade Racial de Macaé, Zoraia Braz, o desafio das mulheres negras é entender que precisam ser elementos de transformação. “Enquanto ativistas tivemos muitos avanços. Agora com os espaços institucionalizados, é necessário estar nesses lugares protagonizando nossa história” – lembrou.


Depois da Roda de conversa foi momento de confraternizar com caldos e karaokê, proporcionando descontração e integração entre os participantes.