NF combate ao benzeno no dia a dia

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O Dia Nacional de Combate à Exposição do Benzeno está sendo marcado em todo país de panfletagens de um jornal específico nos locais onde há exposição de trabalhadores. O Sindipetro-NF panfletou logo no início da semana e hoje os diretores estão fazendo falações sobre o temas nos aeroportos.

O Sindipetro-NF combate diariamente a presença de Benzeno na vida dos petroleiros do Norte Fluminense. Por meio da participação de representantes da entidade na comissão local de SMS e na bancada dos trabalhadores nas Comissões Estadual e Nacional do Benzeno essa luta se intensifica. Na última reunião da Comissão Nacional, a bancada dos trabalhadores cobrou a intensificação da fiscalização e das práticas seguras, ressaltando sempre a tolerância zero quanto a este agente cancerígeno. Com o objetivo de formar a categoria, o sindicato promoveu no final de agosto o curso “Benzeno na Indústria do Petróleo”, ministrado pelas doutoras da Fundacentro-SP, Arline Sydnéia e Patrícia Moura Dias.

Além da luta política, há a luta no campo jurídico. O NF ajuizou três ações civis públicas sobre a existência de benzeno nas áreas de trabalho do Sistema Petrobrás, sendo uma contra a Transpetro, a respeito do Terminal de Cabiúnas, e as outras contra a Petrobrás, cada uma tratando do ambiente de trabalho de uma determinada plataforma. Todas ainda em andamento. Novas ações serão ajuizadas.

O diretor do Sindipetro-NF e coordenador da Comissão Estadual do Benzeno, Claudio Nunes, alerta que o Benzeno é conhecido entre os sindicalistas como “flor que não se cheira” porque é um mal que o trabalhador não o enxerga , mas afeta a saúde de quem possui contato direto com esse produto químico nos terminais, plataformas, laboratórios e postos de combustíveis.”O benzeno provoca câncer e muitas vezes essa doença aparece só quando o trabalhador se aposenta, não durante seu período laboral. O movimento sindical luta há mais de 20 anos no combate ao benzeno e durante esse período conseguiu avanços na legislação, que devem ser mantidos pelos trabalhadores” – comenta Nunes.

Você sabia que…

Não há limite seguro para a exposição ao benzeno?
Na intoxicação pelo benzeno não há definição estabelecida quanto à dose-dependência para sua ação cancerígena. Não há dose mínima para que haja a ação cancerígena, não possuindo, portanto, limite seguro de exposição, mesmo em baixas concentrações. Esta afirmação pode ser encontrada na legislação brasileira, na legislação da União Europeia, em documento do Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH, sigla em inglês) e no texto da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR). Esta é a agência federal dos Estados Unidos para o registro de substâncias tóxicas e doenças.

A EXPOSIÇÃO AO BENZENO PREJUDICA A SUA AUDIÇÃO?
No sistema auditivo, assim como ocorre com outros solventes orgânicos, podem aparecer alterações tanto periféricas, como centrais e podem ser observadas: perdas auditivas neurossensoriais (diminuição gradual da audição), zumbidos, vertigens e dificuldades na interpretação do que se ouve.

EXPOSIÇÃO AO BENZENO CAUSA Aborto espontâneo e problemas menstruais?
Existem estudos indicando aumento de abortos espontâneos e problemas menstruais em mulheres expostas. O Anexo 13A da NR15 prevê que as empresas elaborem procedimentos específicos de proteção à saúde e segurança das mulheres gravidas, puérperas e as que estão em período de amamentação, evitando assim o contato e exposição aos locais que contenham benzeno e suas misturas. Em 1934 surgiu a primeira legislação brasileira proibindo o trabalho da mulher com benzeno, pois tratava-se de atividades consideradas perigosas e insalubres. Ainda permanece na atual constituição federal, em seu artigo 387, a garantia que as mulheres gravidas e puérperas dever estar com sua saúde preservadas por ser uma medida de saúde publica.

Jornal Benzeno 2016