Apresentação do resultado das discussões no GT de trabalho da Pauta pelo Brasil , fruto da greve vitoriosa da categoria petroleira realizada no segundo semestre de 2015. Essa pauta foi construída em plenária com participação de representantes de todos os sindicatos e aprovada pela categoria petroleira em Assembleias. Possui propostas dos petroleiros para a Petrobrás superar a crise que atravessa, sem ter que abrir mão de ativos estratégicos, nem de sua condição de empresa integrada.
A apresentação foi divida entre os representantes da FUP que participaram do GT. O diretor Leonardo Urpia participou da fase de diagnóstico dos impactos dos investimentos da empresa para a sociedade . “ Para cada bilhão investido pela Petrobrás é adicionado 800 milhões no PIB brasileiro. Os investimentos também geram 20 mil empregos para os brasileiros. Defender a Petrobrás como operadora única do pré-sal é a garantia de crescimento do país” – afirmou.
A discussão sobre conteúdo local teve um caráter mais técnico. Superou o debate de construção de plataformas no Brasil, ampliando para a prestação de serviços e acompanhamento de construção e montagem, explicou o diretor Fernando Maia.
Lembrou que em 2003 só haviam dois estaleiros no país e 7.465 trabalhadores no ramo. Em 2014 esse número saltou para 14 estaleiros e 82.472 trabalhadores. “Nossa briga nessa área deve ser pela busca de investimentos na indústria nacional, qualificação e geração de empregos” – afirmou.
Antonio Moraes falou sobre a cessão onerosa, que deu à Petrobras o direito de exploração inicialmente de 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), adquiridos da União em 2010, mas que após um levantamento oficial subiu para 20 bilhões. Explicou que o que está em disputa no país é a capacidade profissional de nossa gente. “Quando o primeiro poço do pré-sal foi explorado o custo foi de 250 milhões de dólares, hoje esse custo caiu para 70 milhões, o que demonstra a capacidade intelectual de nossa gente” – ressaltou.
Para Moraes, “o governo brasileiro, com início no governo Lula, se utilizou de reservas do próprio pré-sal para capitalizar a Petrobrás, dando à ela uma musculatura maior, para poder trabalhar a dimensão do pré-sal e fortalecer o Estado. Assim, este mecanismo de engenharia financeira significou a apropriação por parte do povo brasileiro de um percentual maior do capital financeiro da empresa”.
A divida e suas propostas de solução foram debatidas por Aldemir Caetano no GT. Ele conta que a FUP apresentou a ideia de alongamento de seu pagamento e buscar investimentos no BRICs, BNDES e Banco de Desenvolvimento da China. Caetano denunciou que a Petrobrás tentou a todo momento desqualificar as propostas da Federação, mas que atualmente, tanto Bendine quanto Parente estão aplicando as soluções da FUP.
O GT foi concluído no dia 21 de março, após uma série de debates entre representantes da FUP e da Petrobrás e gerou um documento Acesse aqui o documento final do GT da Pauta pelo Brasil.