Abertura do 4º Encontro de Petroleiras é marcado por discursos de resistência ao golpe

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Resistir ao governo golpista instalado no país foi a base dos discursos da noite de abertura do do 4º Encontro Nacional de Mulheres Petroleiras, ocorrida na sexta, 20, às 19h. Estavam presentes,  a Coordenadora do Coletivo de Mulheres Petroleiras, Rosângela Maria, o coordenador do Sindipetro-NF, Marcos Breda, a Secretaria de Mulheres da CUT, Marlene Miranda, a diretora da CTB, Fátima Maria de Oliveira, Marcha Mundial de Mulheres, Elaine Bezerra,  representante da UNE, Simone Claudino e pelo Levante Popular da Juventude, Julia Garcia de Souza Silva.

Julia de Souza sugeriu que de dentro da categoria petroleira precisam sair planos de resistência de como resistir a uma conjuntura que coloca as mulheres como ponta de lança e as primeiras a ter que pagar.

Simone Claudino lembrou que desde a fundação da Petrobras a UNE tem estado ao lado e defendido a empresa. E que o papel agora é de assegurar os direitos que estão ameaçados e manter a empresa com o mola propulsora do desenvolvimento. “O momento é de resistência. Diversas conquistas recentes estão sendo retiradas. É preciso lutar contra isso! Nosso lugar é na rua! – disse.

Elaine Bezerra denunciou a característica discriminatória do golpe contra mulheres, negros, indivíduos e LGBTs. “Nós não reconhecemos esse governo golpista e não vamos reivindicar nada para ele. Queremos restituir o mandato da presidente Dilma. Nosso recado é que não vamos sair das ruas”.

O 4º Encontro de Mulheres Petroleiras consolida a organização pela construção de uma Secretaria de Mulheres da FUP para a representante da CTB, Fátima Maria de Oliveira. Ela e a representante da CUT, Marlene Miranda,  avaliam que a interrupção do mandato da presidenta Dilma Roussef   é um golpe e que se faz necessário restabelecer as bases de um governo democrático.  

Marcos Breda ressaltou a importância da luta das mulheres. “A luta entre patrão e empregado é unidirecional e das mulheres é multidirecional.  Estão dentro dos sindicatos, partidos políticos, no trabalho e nas famílias. As mulheres são guerreiras e tem muita capacidade de resistir”. 

“Hoje, nossa grande luta é para restituir o mandato da primeira presidente mulher do Brasil e reverter o golpe” – disse Breda.

O encerramento do evento ficou à cargo da Coordenadora do Coletivo de Mulheres Petroleiras, Rosângela Maria, que lembrou que o 4º Encontro foi construído num momento de conjuntura totalmente desfavorável, apesar disso a luta tem que continuar. “Não podemos parar agora, pela nossa história. A esperança tem que ser fortalecida, porque nossa democracia é muito nova para morrer. Separadas somos fracas, unidas somos fortes” – conclui depois convidando aos presentes a fazer uma mentalização pelo país.