Campanha de solidariedade aos presos políticos do MST recebe manifestações do Brasil e exterior

Organizações de diversos campos de atuação, do Brasil e do exterior, manifestam solidariedade ao processo de criminalização sofrido pelo MST e manifestam repudio à ação da classe dominante conservadora em impedir, por ação judicial e uso progressivo de repressão, a luta empenhada pelo Movimento pela transformação e justiça social.

Em nota emitida no dia 03 de junho,  a Via Campesina  Sudamérica aponta a relação existente entre o levante conservador substanciado pelo golpe parlamentar com o processo de destituição da presidenta Dilma Roussef e o avanço da repressão ao MST: “Neste cenário de perseguição, denunciamos a prisão do militante Valdir Misnerovicz e Luis Batista Borges, encarcerados pelas forças policiais dos estados de Goiás e Rio Grande do Sul. São Acusações infundadas que buscam criminalizar a luta legítima dos trabalhadores Sem Terra” (livre tradução).

Cerca de 81 grupos de pesquisa ligados a universidades brasileiras de todo território nacional compartilham da mesma análise e manifestaram, em nota do dia 06 de junho, especial solidariedade aos dois presos políticos do Movimento em Goiás: “Estas ações demonstram uma escalada da violência perpetrada pelas forças do Estado para a manutenção do estado golpista, que reprime organizações sociais pacíficas, tentando caracterizá-las como criminosas (…) Nos solidarizamos com Valdir Misnerovicz, Luiz Batista e todos os companheiros e companheiras Sem Terra na justa luta popular pela Reforma Agrária, contra o latifúndio e o agronegócio e em favor da soberania alimentar e emancipação dos povos. Exigimos a libertação imediata dos companheiros e rechaçamos qualquer criminalização dos movimentos populares”.

Participantes da sustentação oral da defesa de Luiz e Valdir, a professora da UnB Beatriz Vargas e o ex-presidente da OAB nacional Marcelo Lavenère também denunciam a ofensiva na criminalização do MST.

Confira mais detalhes no site do MST