Presos dirigentes sindicais que faziam manifestação em frente à sede da Eletrobrás

A CUT-RJ soltou uma nota de repúdio contra a prisão de quatro dirigentes sindicais eletricitários que faziam piquete na manhã de hoje, 5, na frente da Eletrobrás no Centro do Rio. O movimento dos trabalhadores era contra decisões unilaterais de mudanças da data base das categorias para outubro, que acarretarão perdas financeiras.

Os trabalhadores da Eletrobrás de todo país decidiram em assembleia por realização de uma greve de 72 horas que teve início ontem, 4, por conta do reajuste salarial.  Segundo o diretor do Sindicato dos Eletricitários do Rio de Janeiro (Sintergia), Emanuel Torres, cerca de 90% a 95% dos trabalhadores aderiram à paralisação, o equivalente a cerca de 15 mil pessoas. Veja a nota oficial da CUT.

Nota de repúdio da CUT-RJ

É com muita preocupação que recebemos a notícia da detenção de quatro dirigentes sindicais na tarde desta terça-feira (05) no centro do Rio de Janeiro.

Os dirigentes compunham um piquete na porta da Eletrobrás no momento da ação. A reivindicação legítima era contra as decisões arbitrárias de mudanças de data base das categorias para outubro, acarretando perdas financeiras para os trabalhadores.

A ação feita pelo diretor administrativo golpista, Alexandre Aniz, de acionar as forças policiais contra representantes dos trabalhadores reflete como o governo interino pretende seguir suas políticas e sua relação com a classe trabalhadora.

Por decisão democrática em assembleia, os trabalhadores do setor eletricitário decidiram a greve de 72 horas, que havia se iniciado ontem e foi interrompida arbitrariamente com o uso da força e os aparatos repressivos do Estado.

Neste momento Dejalmar Pinho (Sindicato dos Administradores), Eduardo Ferreira (AEEL), Emanuel Mendes (Sintergia) e Sidney Pascotto (Sindicato dos Economistas) se encontram na 5ª DP sob a assistência de advogados.

Acompanharemos de perto o desenrolar dos fatos e não aceitaremos a criminalização da prática sindical e seus representantes, prestando assistência e apoiando as lutas da classe trabalhadora e a manutenção das práticas democráticas.

Rio de Janeiro, 5 de julho de 2016
Central Única dos Trabalhadores no Rio de Janeiro