Confira documento final do II Seminário Nacional dos Petroleiros da Transpetro

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Realizado neste final de semana, em Salvador, o II Seminário Nacional dos Petroleiros da Transpetro produziu documento que reúne as reivindicações da categoria.

A base do Sindipetro-NF, que sediou a primeira edição do evento, foi representada pelos petroleiros Matheus Nogueira, Fabiano Alves, Helbert Paschoal, André Francisco, Alessandro Trindade e Cláudio Nunes — os dois últimos, diretores do NF.

Confira abaixo a íntegra do documento dos petroleiros da Transpetro.

“Nós Petroleiros da Transpetro, reunidos no 2º Seminário Nacional dos Petroleiros da Transpetro, realizado em Salvador, dos dias 05 a 07 de agosto de 2016, após os debates e mesas temáticas entendemos que:

Diante da Conjuntura Nacional e Crise Internacional do setor petróleo, ampliada pela Crise Política que está instalada no Brasil, se faz necessário ampliar a conscientização da Categoria Petroleira e de toda a Sociedade, sobre a importância estratégica e essencial da Transpetro para a sobrevivência da Petrobras, sendo essa verdade melhor expressa na frase de luta:
“Defender a TRANSPETRO é: Defender a PETROBRAS e o BRASIL.”
Greve de Petroleiros de 2015
Também após os relatos dos representantes dos Sindicatos da FUP, quanto à Greve de Petroleiros de 2015, ficou evidente alguns pontos bem positivos como saldo da Greve de 2015 no que diz respeito à participação maciça dos petroleiros da Transpetro na Greve, bem como o surgimento de novas lideranças e uma renovação da militância, com a adesão da nova geração de Petroleiros.
Porém, ficou também evidente a necessidade de melhoria na comunicação dos Sindicatos com a base, com a realização de assembleias setorias informativas, orientações pré-greve e principalmente no que diz respeito ao uso de novas tecnologias de comunicação como Whatsapp, vídeos curtos e das Redes Sociais, assim como a centralização de informações em tempo real pela FUP, durante as mobilizações.
Também foi identificado que diante dos desafios que se avizinham, é necessário inovar os métodos de realização de mobilização ou formas de luta, com a realização de greves rápidas e Objetivas devido ao reconhecimento de que houve pouco impacto na produção na Greve do ano passado.
Importância Estratégica da Transpetro
Com a ajuda da assessoria da FUP do DIESSE, foram demonstrados os números da Transpetro que deixam claro o papel vital dessa empresa na manutenção da Petrobras Integrada, viabilizando de forma estratégica a geração de Caixa da Petrobras.
Foi detectado que se faz urgente um esclarecimento para a Sociedade sobre importância estratégica da Transpetro para a Petrobrás e para o Brasil (estando presente em 20 dos 27 estados do país) e dos riscos que a população brasileira corre, se for concretizada a tentativa de privatização desta empresa, ou a venda de ativos estratégicos, pois o preço do serviço de logística não será mais controlado pela Petrobras e pelo Estado Brasileiro, o que poderá gerar aumento dos preços dos derivados, com impacto direto na economia do país.
Estratégia Jurídica
Foram debatidos várias estratégias jurídicas de luta para tentar impedir a entrega da Transpetro. Além disso foram esclarecidas várias dúvidas em relação à Greve e formas de luta, e foram avaliadas várias possibilidades Jurídicas para viabilizar a incorporação da Transpetro pela Petrobras e a proteção de sua força de trabalho.
Porém, o campo judicial não é o caminho principal pelo qual conseguiremos evitar o desmonte da Petrobras e a privatização da Transpetro, sendo necessário que cada trabalhador da Transpetro se aproprie da realidade de que inevitavelmente teremos que realizar uma Greve Nacional de Petroleiros contra o Desmonte da Petrobras, e em defesas dos interesses do Brasil e dos nossos empregos.
Compromissos
Desta forma, os trabalhadores reunidos construíram os seguintes compromissos:
1. Construir até o fim de Agosto de 2016, junto aos Sindipetros um dia nacional de Luta na Transpetro, com atos contra o Assédio Moral e os atos Anti-Sindicais, em especial contra a tentativa de Demissão do trabalhador da Transpetro e Dirigente Sindical de Cabiúnas.
2. Promover a conscientização dos Petroleiros do Sistema Petrobras sobre a importância da Transpetro e das Subsidiárias para a Petrobras.
3. Defender a Petrobras Integrada, e a defesa de todas as suas subsidiarias:
4. Defender a manutenção da Transpetro 100 % Petrobras.
5. Manter a Defesa do Pré-Sal no Regime de Partilha, com a Petrobras como Operadora Única como garantia de Soberania Nacional e o Fortalecimento da Petrobras Integrada.
6. Defender a Política de Conteúdo Nacional, como garantia de conquistarmos o Desenvolvimento Tecnológico e geração de empregos no país.
7. Construir junto aos Sindipetros, para que seja viabilizada uma luta unificada com os sindicatos dos Marítimos da Transpetro e outras subsidiárias (BRD, PBIO, FAFENs e demais)
8. Iniciar uma campanha Orgulho de Ser Petroleiro, contando a História de Luta dos Petroleiros e seu papel no Desenvolvimento do Brasil.
9. Campanha de Convocação de Luta – Manter Viva a Organização e a Chama da Resistência, conforme deliberação do PlenaFup 2016.
10. Conscientizar os petroleiros da Transpetro sobre a importância de aumentar a sua participação nos Fóruns de Debates e nas direções dos Sindicatos, aumentando assim a força dos Sindicatos na luta pela Petrobras Integrada.
11. Nenhum Direito a Menos
12. Manutenção da Mesa Unificada do Sistema Petrobras nas Negociações de Acordo Coletivo.
13. Construir uma luta pela recomposição do Efetivo nas unidades da Transpetro, tendo em vista sobretudo a segurança dos trabalhadores, devido às saídas dos Petroleiros pelo PIDV.”

 

[Foto: Sindipetro-BA]