Na manhã desta sexta, 14, foi publicada uma matéria no Portal da Petrobrás com o GG da UO-BC, onde fala da nova Política de Conformidade Corporativa. Segundo o GG, “a meta é intensificar o processo de mudança cultural da companhia para a incorporação efetiva de valores éticos, com tolerância zero à fraude e à corrupção”.
Para a diretoria do sindicato, a categoria petroleira sente na pele a aplicação do Código de Ética só quando interessa à Companhia. Em P-31, trabalhadores que denunciaram erros da gestão foram punidos pela empresa, enquanto o gestor responsável ganha uma nomeação. São sempre dois pesos e duas medidas que não param só nesse caso.
A Operação Para Pedro que acontece em todo país é para protestar exatamente contra os assédios morais, punições e práticas antissindicais que estão acontecendo na Companhia por essa gestão da Petrobrás.
Em um determinado ponto da carta, o GG diz que “fraude e corrupção podem ocorrer em todos os níveis hierárquicos e mesmo nas situações mais corriqueiras”. E cita como exemplo o de uma Permissão para Trabalho (PT) assinada sem que o profissional responsável esteja na área. “Parece inofensivo? Não, é fraude” – diz o Gerente Geral.
Infelizmente, o que a categoria petroleira vê em seu dia a dia é que a tolerância zero só vale para quem não é “amigo do rei”. Esse ano, o Sindipetro-NF documentou o caso de um Geplat que assinou uma Permissão de Trabalho (PT) no lugar de um técnico de segurança, que se recusou a assinar por não concordar. Ao invés dele ser punido pelo GG, seguindo a nova Política de Conformidade Corporativa, a gestão o transferiu para outra unidade, onde continua exercendo a função de Geplat. E detalhe, a transferência só saiu após pressão da categoria através de abaixo assinado.
O Sindipetro-NF já esclareceu em diversos documentos que os casos de corrupção na Companhia devem ser apurados, mas espera que isso seja válido para todos, independente do cargo que ocupem na companhia. E que a categoria petroleira não seja a principal prejudicada, como sempre temos visto.
