Petrobrás ameaça venda de ativos na Bacia de Campos

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Matéria da edição 109 da revista TN Petróleo, assinada pela repórter Beatriz Cardoso, mostra que a gestão da Petrobrás tem planos de vender ativos no Norte Fluminense. Ao analisar a fala da diretora de Exploração & Produção da companhia, Solange Guedes, durante a entrevista em que a empresa anunciou o Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, em setembro passado, a sócia-executiva da Dinamus Inteligência em Negócios, Natália Azeredo, avaliou, de acordo com a revista, que a estatal está aberta a negociações na Bacia de Campos.

“A diretora [Solange Guedes] observou que há mais de 300 contratos de exploração e produção no Brasil e no exterior e que a intenção da companhia é ter uma carteira mais enxuta e de mais valor, com foco nas operações offshore, que são o core da companhia. Interpretamos como tentativa de venda de parte dos ativos na Bacia de Campos e, consequentemente, risco de perda de relevância da região de Macaé”, disse Natália Azeredo à TN Petróleo.

NF mobiliza contra desmonte

Para o diretor do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, que responde interinamente pela coordenação geral da entidade, as intenções da gestão da companhia são conhecidas da categoria petroleira e devem ser combatidas pelos trabalhadores da empresa e pela sociedade.

“A Bacia de Campos e a Petrobrás não estão à venda. Temos clareza do momento que vive a empresa e jamais aceitaremos os argumentos e justificativas que a grande mídia e a gestão da empresa usam para tentar privatizar um dos mais preciosos patrimônios brasileiros”, afirma Bezerra.

Para o sindicalista, “a receita privatista é a mesma usada da década de 90 e a luta e resistência dos trabalhadores será ainda maior. Nós, trabalhadores da Petrobrás, sabemos que ela não está quebrada e que a liquidação que estão fazendo nela tem o intuito central de pagar o golpe de 2016 contra a democracia”.

A denúncia contra o desmonte da empresa é uma das pautas dos petroleiros, que estão em Campanha Reivindicatória e realizam, de 31 de outubro a 11 de novembro, duas semanas de mobilizações em todo o País.