O caso que choca desde ontem o país, de um pai que matou o filho e depois suicidou, em Goiânia, em razão do garoto participar de movimentos sociais, é mais um alerta extremo da escalada do ódio e da intolerância política que tomou o Brasil.
Como informado pela imprensa, Guilherme Silva Neto, de 20 anos, estudante de Matemática da Universidade Federal de Goiás, caminhava em direção a uma escola ocupada, quando foi perseguido pelo pai, que atirava contra ele. O rapaz tentou fugir, mas foi alcançado e assassinado. Em seguida, o pai, o engenheiro civil Alexandre José da Silva Neto, de 60 anos, se matou com um tiro.
Para o Sindipetro-NF, a ascensão da direita fascista, dos discursos radicais de repressão à esquerda, de recrudescimento do ambiente de golpe de estado e de exceção, criaram o cenário que alimenta até mesmo crimes no interior das famílias.
O sindicato, na condição de entidade dos movimentos sociais, é solidário à dor desta família que acaba de perder dois dos seus entes, vítimas de um ambiente social e político adoecido, ao mesmo tempo em que chama a atenção para a necessária e imediata restauração da democracia e de respeito à liberdade de participação política e de manifestação.
[Imagem: Reprodução site do jornal Diário de Goiás]
