Editorial do Nascente: Pedro tucano quer entregar tudo

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Em um dos mais patéticos episódios protagonizados por entreguistas brasileiros, Geraldo Alkmin, na campanha presidencial de 2006, colocou um jaleco com as logos de várias empresas estatais, entre elas a Petrobrás, para mostrar o seu “apreço” por elas e para dizer que não iria privatizá-las. Realmente não o fez à época, apenas pelo fato de ter perdido a eleição para Lula, mas é o que estão fazendo agora após o golpe, com o auxílio luxuoso do tucano Pedro Parente na Petrobrás.

A receita é a mesma iniciada por FHC nos anos 90: fatiar a companhia para vendê-la aos poucos, atendendo ao apetite do setor privado ao mesmo tempo em que não provoca comoção nacional, em um processo quase imperceptível aos olhos do grande público e saudado como necessário e saneador das finanças pela grande mídia. Na época da primeira grande tentativa, o estrago só não foi muito maior — embora considerável — em razão de dois fatores históricos: a resistência dos petroleiros e demais trabalhadores organizados e a eleição de Lula, em 2002, interrompendo a escalada privatista.

Agora, o nome do PSDB na Petrobrás leva adiante a missão entreguista, sob o manto do governo golpista de Mishell Temer. Nenhum deles ousaria admitir que estão privatizando a Petrobrás, mas é exatamente isso o que estão fazendo. Se não forem contidos, levarão até o final o plano de vender o máximo de ativos da empresa, retirá-la de áreas rentáveis do pré-sal, reduzir progressivamente a sua importância até o ponto em que ninguém notará mais a diferença se ela se mantiver como uma pequena empresa pública do setor, ou se for finalmente vendida por completo.

Ontem mesmo foi divulgada, pelo jornal Valor Econômico, a conclusão do acordo de venda da Liquigás, distribuidora de gás liquefeito de petróleo (GLP), para o grupo Ultra. Justamente para a concorrente Ultragaz. Um caso curioso onde uma companhia abre mão do controle da distribuição do próprio produto. Algo também pretendido com a BR distribuidora.

Aos verdadeiros nacionalistas, aos defensores do povo, não resta outra alternativa senão a da luta intensiva para estancar esse desmonte e salvar a Petrobrás e o País da sanha destes traidores da Pátria. Todos à resistência.