Geplats da P25 fraudaram ata de CIPA uma semana antes de auditoria da ANP

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Após análise e comparação das últimas atas de Cipa de P-25, que são encaminhadas periodicamente ao Sindipetro-NF, foi verificado que o documento do dia 1 de novembro foi fraudado pelo Gerente de Plataforma (Geplat) da unidade. O fato grave levantado é que essa reunião não poderia ter acontecido, já que contou com apenas um cipista eleito e, de acordo com o item 6.8.1 do anexo 2 da NR-30, as reuniões ordinárias devem contar com pelo menos dois representantes dos empregados.

Nessa reunião ilegal, os representantes da empresa mudaram prazos para conclusão de pendências erros que poderiam ser apurados na auditoria da ANP. Ao fazer isso numa reunião com a paridade prejudicada agiram, no mínimo, de forma imoral, se aproveitando do fato de não poderem ser contestados. 

 

O diretor do NF, Tadeu Porto, que participou da auditoria da ANP, avalia esses fatos como preocupantes. “O sindicato considera esse caso gravíssimo. Não cumprir o anexo II da NR-30, por si só, já é um absurdo. Somado ao fato da ilegalidade ter ocorrido antes de uma auditoria da ANP, isso abre margens para o entendimento de que a ilegalidade aconteceu para ludibriar um órgão de Estado brasileiro o que vai totalmente contra as posturas republicanas que esperamos da Petrobrás. Queremos, urgentemente, explicações sobre o ocorrido” – afirma Porto.

 

Para a diretoria do Sindipetro-NF, esses Geplats devem ser responsabilizados por serem presidentes de CIPA pois segundo item 5.19 alínea “b)” da NR-5 são responsáveis por coordenar as reuniões da comissão. O sindicato irá cobrar explicações da Petrobrás sobre o caso e encaminhará denúncia aos demais órgãos envolvidos, na esperança que a empresa tome as medidas cabíveis para coibir atos semelhantes.

O sindicato também afirma que fica caracterizada a forma diferente com que os trabalhadores são tratados pela empresa.  “Vale ressaltar que trabalhadores e trabalhadoras da P-25 foram punidos arbitrariamente por realizar um chamado do sindicato e uma mobilização prevista em lei. Enquanto isso, os mesmos que aplicaram a punição estão descumprindo a legislação, contando com a impunidade do sistema de consequência da Petrobrás. A empresa está criando os seus próprios “moralistas sem moral” e isso descredencia qualquer processo” afirma Porto.
 
Resumo das Atas de P-25