P-51: Após interdição, petroleiros correm para corrigir o que gestão negligenciou

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O Sindipetro-NF manteve contato nesta manhã com os trabalhadores da plataforma P-51, na Bacia de Campos, para acompanhar a situação da unidade após a interdição parcial determinada pela Operação Ouro Negro, na sexta, 25.

Durante o final de semana, os petroleiros a bordo não tiveram informações consistentes da gerência da unidade sobre os desdobramentos da operação. A categoria relatou ao sindicato que “tudo era dito meio por alto”.

Os trabalhadores estão envolvidos hoje em um plano para atacar os pontos levantados pelos auditores da Operação que levaram à interdição. Há pendências elétricas, como luminárias quebradas — que expõem a risco de explosão em caso de vazamento de gás —, falta de fornecimento de certificados, entre outras.

Todas as PTs (Permissões de Trabalho) estão sendo direcionadas para o cumprimento das exigências da Operação Ouro Negro. A produção da unidade, de aproximadamente 60 mil barris diários de petróleo, não chegou a ser interrompida.

O diretor do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, esteve a bordo da P-51 nos últimos dias 23 e 24, acompanhando a fiscalização. Ele explica que a entidade dá muita importância a estas ações, contribuindo com relatos enviados pelos trabalhadores e apresentando denúncias.

Para o sindicato, a segurança no trabalho merece a prioridade absoluta dos trabalhadores e todas as ações que podem salvar vidas devem ser valorizadas. Em razão disso, a entidade mantém canais constantes de denúncias sobre as falhas e abusos gerenciais na área de SMS, ambiência e habitabilidade.

De acordo com Bezerra, um dos itens relatados pelo NF aos auditores da Operação Ouro Negro foi o uso do “sistema de consequências” para punir trabalhadores, tirando o foco das responsabilidades dos gerentes nos casos de acidentes.