Proposta da Petrobrás é cheque em branco

Da Imprensa da FUP – O Conselho Deliberativo da FUP reafirmou que é imperativa a luta contra a privatização do Sistema Petrobrás e que acordo é pra ser cumprido.

Passado mais de um ano do compromisso assumido de implantação do ATS para os trabalhadores da Fafen-PR, nenhuma ação efetiva foi encaminhada pela Petrobrás no sentido de cumprir o que foi acordado em novembro de 2015.

Não bastasse isso, a empresa insiste em trazer para a discussão do Termo Aditivo uma proposta de redução de jornada, que, além de reduzir salário, pode se transformar em uma ferramenta da gestão para assediar, punir e até mesmo demitir trabalhadores no futuro.

Em reunião nesta quinta-feira, 01/12, o Conselho Deliberativo da FUP definiu que só irá submeter qualquer proposta para avaliação da categoria, após a diretoria da Araucária Nitrogenados aprovar, sem condicionantes, o acordo de implementação do ATS da Fafen-PR, e, além disso, a Petrobrás remeter para a Comissão de Regimes sua proposição de reduzir jornada com redução de salários, um debate que sequer foi feito de forma ampla com a categoria.

As representações sindicais também definiram prazo até a próxima quarta-feira, dia 07 de dezembro, para que a Petrobrás se posicione sobre estes encaminhamentos.

A quem eles pensam enganar?

Em vídeo divulgado na intranet, o diretor executivo de Assuntos Corporativos, Hugo Repsold, o mesmo que insiste em voltar atrás no acordo que assinou para implantação do ATS dos trabalhadores da Fafen-PR, afirmou que a proposta da empresa equaciona essa “pendência antiga”.

O que a companhia propôs é um cheque em branco. Aquilo que o diretor chama de equacionar é na verdade “envidar esforços” junto à diretoria da Araucária para que aprove o Termo Aditivo. Ainda assim, condiciona isso à retirada das ações na Justiça que cobram o cumprimento do Acordo.

No mesmo vídeo, ele também deixa claro que o objetivo da direção da Petrobrás ao reduzir a jornada do regime administrativo é cortar custos para controlar o fluxo de caixa da companhia. Para bom entendedor, meia palavra basta. Quem garante que o próximo passo dos gestores não será acabar com o quinto grupo e o 14×21, como a turma de Pedro Parente tentou fazer no passado?