O Sindipetro-NF foi representado pelo diretor Tadeu Porto em audiência pública da Petrobrás, no último sábado, no Hotel Royal, em Macaé, sobre os impactos das operações da companhia na região. Em sua intervenção, o sindicalista questionou os representantes da empresa sobre a continuidade do projeto Mova Brasil (Movimento de Alfabetização de Adultos) e sobre como será feita a reposição de trabalhadores para as vagas que estão sendo abertas pelo PIDV (Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário).
Sobre o Mova, a Petrobrás respondeu que está “reavaliando” seus investimentos sociais. “A empresa adota a mesma ideologia liberal que afundou o país na década de 90, considerando projetos sociais como gastos ao invés de enxergá-los como investimento. Nesse caminho, as regiões não se desenvolvem plenamente e a empresa fica a mercê das consequencias da desigualdade, como a pobreza e a violência”, afirma Porto.
E quanto ao PIDV, a resposta da companhia é a de que “está se adaptando à crise” e reavaliando os quadros. Na sequencia, prevê a empresa, será avaliado se precisará fazer concursos com as novas demissões. “A empresa abre mão do corpo técnico de excelência que descobriu o Pré-sal, essa mesma força de trabalho que evita, nos acidentes do dia a dia, como o vazamento da P-31 e o incêndio da P-48, que casos como o da P36 se repitam”, protestou o sindicalista.
Para o diretor do NF, “a companhia sequer apresentou um plano de reposição e fez esse desligamento de maneira aparentemente afobada, para aproveitar a crise do País para impor essas ações ultrapassadas que destruíram a empresa no final da década de 90”.
[Audiência pública da Petrobrás, em Macaé, com presença do NF – Foto: Tadeu Porto/Sindipetro-NF]