Do Boletim Nascente – O Departamento de Saúde do Sindipetro-NF está concluindo levantamento dos atendimentos da entidade na área, nos últimos anos, e tem chamado a atenção a frequencia de casos de petroleiros que “passam mal” nos locais de trabalho. Somente em 2016, dois trabalhadores morreram na Bacia de Campos em razão de doenças cardiovasculares.
De acordo com a assistente social do Sindipetro-NF, Maria das Graças Alcântara, também pode ser considerado elevado o número de atendimentos de trabalhadores com problemas no campo da saúde mental e lesões motivadas por fraturas ou doenças osteomusculares características do ambiente de trabalho.
“Chamamos a atenção para o ambiente de trabalho que ora vivenciamos. Tensão, pressão, estresse causados pela insegurança, perspectiva de demissão e ou perda de direitos”, afirma Maria das Graças.
O levantamento também aponta alteração na média de idade de trabalhadores que são vítimas de adoecimentos. Se, em 2015, o maior número de trabalhadores adoecidos encontrava-se entre 35 e 45 anos, em 2016 aumentou o número de trabalhadores adoecidos entre 25 e 35 anos, como também entre 55 e 60 anos.
Casos recentes
Na sexta, 2, um petroleiro de 35 anos sentiu-se mal no ônibus que havia deixado o Heliporto do Farol de São Thomé, por volta das 16h, e precisou ser atendido no Hospital São José.
No dia 28 de novembro passado, um funcionário da empresa Integrar, de 43 anos, enfartou à bordo da plataforma PCH-1. O trabalhador foi socorrido estabilizado.
E no último dia 22, o super-visor de elétrica e manutenção, Marcelo Lima, 41 anos, faleceu na P-43. Ele passou mal por volta das 4h e foi levado para enfermaria da unidade onde recebeu os primeiros socorros. Não havia médico a bordo e foi acionado o resgate aeromédico que chegou por volta das 6h com dois médicos. Realizaram procedimento de reanimação, mas Marcelo não resistiu e morreu às 8h30.
[Arte: Glauber Barreto / Da Imprensa do NF]