Após polêmica, Temer nomeia Nísia Trindade para a Fiocruz

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Após ter sido aventada a possibilidade de que a votação dos funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para eleição da nova presidente da instituição não seria acatada, o presidente Temer mudou de opinião.

 Havia sido divulgado não oficialmente que Nísia Trindade, a primeira colocada com 59,7 dos votos, não seria nomeada, mas sim a segunda colocada, Tânia Araújo-Jorge, que obteve 39,6 dos votos da comunidade científica.

 Nísia Trindade ingressou na Fiocruz em 1987 e é vice-presidente de Ensino e Comunicação. Exerceu funções de coordenação, dirigiu a Editora da Fiocruz e foi vice do Instituto Oswaldo Cruz. Tania é pesquisadora da Fiocruz desde 1983, foi chefe de laboratórios e de departamentos (1991-2005) e integrou a direção do Instituto Oswaldo Cruz (2005-13).

 Em 3 de janeiro, o presidente Temer recebeu as duas candidatas e acatou a escolha dos funcionários da instituição, que se mantiveram em Assembleia, com mobilização intensa. Na negociação, foi estabelecido que a segunda colocada terá participação na gestão.

 A Academia Brasileira de Ciências enviou uma carta ao presidente Temer e outra ao ministro Ricardo Barros, colocando seu ponto de vista sobre o respeito necessário ao resultado das eleições na Fiocruz.

 A Fundação Oswaldo Cruz teve sua origem em 25 de maio de 1900, com a criação do Instituto Soroterápico Federal, na fazenda de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele foi criado para fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica. Depois, sob o comando de Oswaldo Cruz – médico bacteriologista e membro da Academia Brasileira de Ciências -, o Instituto foi responsável pela reforma sanitária que erradicou a epidemia de peste bubônica e a febre amarela da cidade do Rio.