Editorial do Nascente: Ano novo, velhas lutas

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Em sua primeira carta do ano, Pedro Parente escancarou suas intenções de atacar os direitos dos petroleiros e petroleiras. Ao escrever que considera “injusta” as mobilizações de final do ano, ele desrespeita todos trabalhadores, pois menospreza as assembléias soberanas e democráticas que rejeitaram a proposta de acordo e aprovou a greve pela defesa dos nossos direitos.

Desdenhar da democracia é natural e esperado vindo de um presidente que assumiu uma cadeira com auxílio de um Golpe de Estado. Nesse sentido, a visão do ex-ministro de FHC se torna consonante com a postura de Temer e Cia que se aproveitam do momento conturbado para atacar a população retirando direitos como saúde, educação, previdência social e renda.

No NF, mesmo com a ofensiva dos gerentes assediadores, a proposta rebaixada de aditivo do Acordo Coletivo apresentada pela companhia foi derrotada por mais de 70% dos votos. Sendo assim, quando Parenteafirma não reconhecer as mobilizações legítimas dos petroleiros se comporta como a elite conservadora do país que não aceitou ser derrotada nas urnas e quebrou o Brasil para usurpar o poder outorgado pelo povo e seu voto direto.

Esse novo ano começa, portanto, com o vigor e a inspiração que as mudanças trazem, contudo com a necessidade delas serem aplicadas e adaptadas a um velha conhecida da categoria petroleira: a defesa de direitos.

A política nefasta de opressão aos trabalhadores foi vivida intensamente por nós na década de 90, quando Pedro Parente foi Ministro de Governo FHC e presidente do CA da Petrobrás e culminou, entre outras coisas, em perdas de conquistas coletivas, arrocho salarial e o afundamento de uma plataforma inteira, que matou 11 petroleiros.

Hoje, em outro século, voltaremos a enfrentar os ataques sistemáticos a todas as nossas conquistas históricas. Que 2017 traga paz, saúde e sabedoria, além de ser um ano repleto de luta.