Gestão da insegurança ataca P-20 e arrisca vida de petroleiros a bordo

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O SindipetroNF recebeu duas denúncias gravíssimas da categoria da P-20, plataforma da UO-BC presente no campo de Marlim.
 
Em primeiro lugar, o NF apurou que a gestão local, em conjunto com a gerência geral da UO-BC, está, arbitrariamente, implementando a política de “Operador Mantenedor”, atitude que o sindicato repudia de todas as formas, por entender que essa dupla função além de ser ilegal ainda precariza o trabalho a bordo. Esse fato foi denunciado também em outras plataforma e pode ser visto aqui.  
 
Em segundo lugar, o NF recebeu queixa que a redução de efetivo na P-20 chegou num momento drástico, principalmente no que diz respeito a equipe de embarcação da plataforma. Segundo o sindicato pôde averiguar, a equipe que contava com 15 técnicos de estabilidade (TE’s) hoje conta com menos da metade, chegando a 6 técnicos.
 
Para piorar a situação, o NF descobriu que a empresa solicitou para que os seis TE’s trabalhem em regime de escala 14×14 durante a campanha da UMS da unidade. 
 
Tal atitude, além de ser um total desrespeito com os trabalhadores e trabalhadoras e com o ACT que determina a escala de trabalho de14x21 no ambiente offshore é, ainda, um política de negligência a saúde dos petroleiros e petroleiras que trabalharam em alta intensidade (numa campanha de UMS) dentro de uma escala que explora, ainda mais, sua mão de obra.
 
“Quando a gestão Parente parece ter atingido o fundo do poço, eles encontram uma porta secreta e afundam ainda mais”, destaca o diretor Tadeu Porto. “Que ele tem um plano com o Temer para voltarmos ao passado das privatizações todos já sabemos, mas querer retroceder ao tempo do 14×14 é duvidar demais da capacidade dos petroleiros e petroleiras em se mobilizar.” finalizou Porto.
 
Além disso o Coordenador do SindipetroNF e também Técnico de Estabilidade, Marcos Brêda, relembra que essa função é crucial em qualquer plataforma e que, recentemente, tivemos  diversos acidentes na Bacia de Campos – entre esses dois abalroamentos – que acenderam o alerta da categoria para a volta de tragédias como a P-36: “Fazer experiências com redução drástica de efetivo em qualquer setor é grave, em uma plataforma e em uma área como o lastro pode levar a acidentes e mortes como há 16 anos em P-36”.
 
Marcos ainda destacou que o Sindipetro não ficará inerte frente a esse absurdo e que buscará todos os tipos de denúncias cabíveis para evitar tal atrocidade “o regime de trabalho é acordado no ACT e para o pessoal embarcado é de 14×21, qualquer mudança desse regime deve passar pelo crivo do sindicato. Existe inclusive uma comissão de regimes permanente entre a empresa e a FUP que tem que ser respeitada, e nesse caso de P-20 não fomos sequer informados. Vamos denunciar o fato, tanto internamente, via comissão de regimes, como externamente, via MTE.”, concluiu Brêda.
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