Quem acompanha de perto as notícias sobre o SMS da Petrobrás, especialmente aqui na região do Norte Fluminense, já deve ter se deparado com a expressão “a bruxa está solta em 2017”, devido ao alto número de acidentes com alto potencial de risco que aconteceram nesses últimos meses.
No início da semana o SindipetroNF fez um levantamento de 15 acidentes ou políticas de insegurança que, a continuar neste ritmo de ocorrência, tem tudo para produzir uma tragédia das proporções do afundamento da P-36, quando Parente/FHC comandavam o desmonte da Petrobrás para privatizá-la.
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E essa lista só aumenta. Nesse segundo domingo de março não foi diferente, e o NF recebeu notícias de um incêndio na P-51 durante um trabalho com solda, com a brigada acionada para combater o sinistro.
“A P-51 teve uma interdição parcial recente e, aparentemente, não aprendeu com a lição”, ressaltou o diretor Tezeu Bezerra, que esteve embarcado na unidade e sofreu a prática antissindical de ser impedido de conversar com a categoria que o escolheu como representante.
“Até agora não temos notícia de responsabilização da gestão da P-51 ou do ativo de Marlim Sul, mas tenho certeza que eles já estão procurando alguma “regra de ouro” para colocar a culpa no peão por um acidente que o sindicato tem certeza que é fruto da mesma precarização que afundou a P-36”, destacou Tezeu. “Vamos participar da investigação, fazer as denúncias aos órgãos competentes e lutar, mais uma vez, para tentar afastar essa política irresponsável que visa privatizar nossa empresa”, completou o diretor.
O outro lado
A Petrobrás, através da gerência de SMS, disse ao sindicato que “houve princípio de incêndio na região do TD, por volta da 5h, rapidamente debelado e sem feridos”. A gerência também informou que está apurando maiores informações sobre o caso.