No próximo dia 21 de março, em Macaé, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense e o coletivo “Só podia ser preto” promovem a partir das 16h a Conferência Livre “Dia de Combate ao Racismo”, na sede do sindicato (Rua Ten. Rui Lopes Ribeiro, 257 – Centro – Macaé)
Nesse dia serão realizadas oficinas de Turbantes, Trança e Colagem, Música – Oficina de DJ, exposição de fotos dos jovens do Coletivo “Só podia ser preto” e Varal de Poesia de mulheres negras organizado pela professora Carolina Guilherme da UFRJ.
Às 18h acontece uma mesa de debates com o tema Identidade, que reunirá a diretora do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros/UFRJ, Profª. Caroline Guilherme; o Diretor do Sindipetro-NF, Antonio Raimundo Teles e a representante da UNEGRO/RJ, Claudia Vitalino.
Em Campos dos Goytacazes, háverá também no dia 21 de março, a “Marcha dos Excluídos”, às 15h, com concentração na Praça São Salvador.
No dia 22 de março, no auditório do Sindipetro NF (Av. 28 de Março – 485 – Centro – Campos dos Goytacazes), teremos, as 14h a Roda de Conversa e debate com o tema O Extermínio de Jovens Negros, que reunirá a Profª Drª em Ciências Sociais, Camila Daniel, e a representante da UNEGRO, Cláudia Vitalino.
Porque 21 de março?
O dia 21 de março foi instituído pela Organização das Nações Unidas(ONU) como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
A data é em memória ao Massacre de Shaperville ocorrido na cidade de Joanesburgo em 21 de março de 1960. Vinte mil negros protestavam pacificamente contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular e o exército atirou sobre a multidão matando 69 pessoas e ferindo.
A Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Normas de Discriminação Racial da ONU, ratificada pelo Brasil, diz que: “Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e/ou exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida”.