A questão agora é de medir forças. É o povo contra o Congresso e o Governo. A percepção dos golpistas de que esta sexta-feira, 28, será um dia histórico, fez a Câmara acelerar a votação do pacote anti-trabalhador. São várias frentes de ataque, na aposentadoria e nos direitos trabalhistas, que o governo ilegítimo e a bancada patronal quer aproveitar, nesta terrível janela de oportunidade conservadora, para levar adiante.
São tempos difíceis que exigem muita formação política, trabalho de base, ação de formiguinha tanto física quanto virtual, para fazer frente a um bloqueio midiático que tenta, de todo modo, esconder que o País está se insurgindo contra a violenta política de retirada de direitos.
O lado animador da história é a adesão, para o movimento desta sexta, até mesmo de instituições que não têm cotidianamente um perfil militante, como as escolas particulares. Algumas delas, na região, anunciaram que não funcionarão amanhã, em apoio ao protesto nacional. Este exemplo está se multiplicando e crescem manifestações espontâneas de estímulo ao não trabalho e até mesmo ao não consumo neste dia.
É uma guerra de comunicação que precisamos vencer. E uma greve é um grande gesto de comunicação.
Por isso, a participação dos petroleiros em mais este momento histórico orgulha a Classe Trabalhadora e mostra que a categoria não falha quando é chamada nos momentos críticos. Os que chegaram a apostar que pudesse haver alguma forma de indiferença dos petroleiros em relação aos ataques ao conjunto dos trabalhadores, perderam feio.
Nesta sexta, é hora de parar o País. E de nossa parte cruzaremos os braços nas áreas operacionais, com a entrega da produção a prepostos da Petrobrás ou, simplesmente, com a parada de produção nas unidades aonde a empresa não assumir. Em Cabiúnas não haverá corte de rendição e, nas bases administrativas de Macaé, o indicativo é de não trabalho, com participação da categoria no ato público da Praça Veríssimo de Melo, às 10h.
Que não ousem duvidar da capacidade de luta da Classe Trabalhadora. Precisamos mostrar que quem manda no País é o povo.