Trabalhadores ficam horas á deriva após problema em bote de resgate na P-54

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Cinco trabalhadores ficaram a deriva, após terem problemas com o bote de resgate da P-54, durante um teste, nesta segunda-feira, 12. A embarcação de resgate foi acionada por volta das 10h para socorrer os tripulantes, que ficaram mais de duas horas a deriva e só retornaram para a plataforma às 13h.

Segundo informações, durante a manobra de reatracagem, devido a posição do bote em relação ao vento e à maré, o bote foi jogado contra a plataforma, causando problemas na sua estrutura. Além da água que começou a entrar na embarcação o motor parou de funcionar. Trabalhadores que estavam na plataforma chegaram a jogar uma balsa inflável, que não tinha nenhum mantimento, e não foi o suficiente para garantir a segurança dos trabalhadores.

Inicialmente o barco de apoio estava rebocando o bote e a balsa, mas para agilizar o resgate eles passaram os tripulantes para dentro do barco e deixaram o bote e a balsa para serem resgatados depois. O bote foi levado para a outra plataforma e agora a P-54 está apenas com um barco de apoio para os resgates.

Apesar de sem feridos, o caso é considerado de alto risco, pois o fato tinha grande potencial para causar danos físicos nos tripulantes, além disso, o caso deixa danos psicológicos nos envolvidos.

Vale ressaltar ainda que essa sequência de episódios, considerados como “acidentes” pelas empresas, reforçam a tensão dos trabalhadores e trabalhadoras, que não aguentam mais trabalhar em meio a esse cenário de insegurança.

É necessário que a Petrobras, assim como as demais empresas do setor petrolífero, entendam a importância da vida de cada trabalhador e cada trabalhadora e mais ainda, entendam que todo investimento é necessário e valido para prevenir esses “acidentes”.

O Sindipetro-NF reforça que continua sua luta para acompanhar o funcionamento das unidades terrestre e marítimas e destaque que os companheiros e companheiras, que identificarem alguma anormalidade na sua unidade de trabalho deve comunicar ao Sindicato, através do e-mail [email protected]

Uma comissão será instalada e o Sindicato participará para avaliar o caso.