Editorial do Nascente: Estejamos preparados

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Se há um lado positivo nesta instabilidade política em que a Direita mergulhou o País, ao não aceitar o resultado das eleições presidenciais de 2014 e ao aproveitar a sua maioria no Congresso para empreender um golpe parlamentar em 2016 e iniciar uma agenda de cortes sociais, é o de que os trabalhadores, mais do que nunca, percebem o gigantismo das forças conservadoras que precisa enfrentar para manter e ampliar direitos.

Passados quase 130 anos da abolição da escravatura no Brasil, o País ainda tem traços escravocratas fortíssimos, e eles se acentuam nos momentos de crise e explicitação do conflito de classes, quando a elite desabridamente se coloca em campo para defender os seus privilégios e a sua hegemonia.
Está nítido que, mesmo com toda a sua fragilidade, há um pacto da maioria no congresso e do setor financeiro em manter Mishell Temer no poder para tocar as reformas trabalhistas e previdenciária.

O momento, portanto, é de não esmorecer no enfrentamento aos golpes contra os trabalhadores. Mesmo contra forças brutais, que contam com ampla maioria política, simpatia da grande mídia e afinidade ideológica na maior parte do Judiciário, é preciso lutar sem cessar, seja pelos direitos atuais, seja pelas gerações futuras, ou até mesmo em respeito a tantos lutadores anteriores que dedicaram as suas vidas à busca por direitos e justiça social.

Manter um estado de atenção para não cair na armadilha do cinismo, do individualismo ou da apatia, é uma tarefa política e ética de todo trabalhador e trabalhadora neste cenário de batalhas constantes. 
Os próximos dias continuarão a ser de pluralidade nos debates, mas de unidade na ação, para derrotarmos um inimigo comum que quer impor exploração e precarização do trabalho.

Dia 30 voltaremos a ter Greve Geral no País. Estejamos preparados.

[Nascente 996]