13º Congrenf: memória, música e discursos de luta marcam abertura do Congresso

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“Uma categoria que luta pela vida, saúde e segurança está de luto pela morte dos três petroleiros que faleceram no acidente em NS-32” . Assim teve início o 13º Congresso Regional dos Petroleiros e Petroleiras do Norte Fluminense  na noite desta segunda, 26 de junho, com um minuto de silêncio em memória desses trabalhadores.

Em seguida, o clima mudou e possibilitou momentos de alegria com a apresentação empolgante do Coral dos Petroleiros com músicas que permeiam a luta do povo brasileiro como o Canto das Três Raças, Maria Solidária e Roda Viva.

Que depois passaram a contagiar o público com discursos de luta feitos pelos representantes das entidades que compuseram a mesa de abertura – Sindipetro-NF, Federação Única dos Petroleiros, Confederação do Ramo Químico, Central Única dos Trabalhadores,  Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros, União Nacional dos Estudantes, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra , Frente Brasil Popular e secundaristas de Macaé.

Todos os discursos foram pautados pela necessidade de diretas já e da retirada de Mishell Temer do poder.

A primeira a falar foi a estudante secundarista, Emily Isabel, que  fez uma saudação ao congresso dos petroleiros e apresentou o Coletivo Só Podia ser Preto que foi construído para dar apoio a negros e negras das periferias e conta com suporte do Sindipetro-NF em projetos sociais.

Rosana Freitas da Frente Brasil Popular apresentou os dez pontos emergenciais tirados pela Frente e falou da necessidade de unidade em busca da concretização desses pontos. Dara Inácio da UNE reafirmou a garra da juventude ao lado da categoria petroleira. “Estamos ao lado dos petroleiros para tocar tudo que vier para que os retrocessos não passem. Por isso esse espaço é importante. Para construir alternativas de luta!” – disse Dara.

A aliança continuidade e fortalecimento da união operária e camponesa foi reforçada por Nívea Silva do MST. “Agora temos pautas emergenciais como Fora Temer e por Diretas, mas nossa briga deve ser cotidiana em defesa dos interesses da classe trabalhadora” – reafirmou.

Pela CNQ, Itamar Sanches, salientou que a conjuntura é extremamente difícil, mas que é nessa hora que temos que saber dar resposta às forças contrárias ao movimentos. Sanches falou das agendas dos petroleiros e da CUT para os próximos meses que incluem vários momentos de discussão e formação que precisam chegar a toda classe trabalhadora.

Ressaltou também que na Petrobrás os petroleiros estão sofrendo com as investidas de Parente com a venda de ativos e o retrocesso da redução de efetivos. “Temos uma greve do refino marcada para o mesmo dia da greve geral que precisa dar uma resposta ao Parente”  – lembrou.

Paulo Farias da CTB lembrou que no movimento sindical nossas diferenças são poucas, nosso adversário é um só e temos unidades em nossas pautas, que precisam ser incorporadas pelo nosso povo. “É  preciso ir além das nossas bandeiras com diálogo com as bases e a classe trabalhadora nos seus locais de moradia. Envolvendo todos para ir às ruas”.

O presidente da CUT/RJ, Marcelo Rodrigues, falou da importância da classe trabalhadora construir uma greve geral forte no dia 30. E disse que para isso tem que fazer o debate nas ruas, no botequim, nas igrejas, nas casas. “Estamos vendo o futuro repetir o passado. Vamos mostrar o poder de mobilização da classe trabalhadora e barrar essas reformas!” – comentou.

“O golpe vem para aniquilar os movimentos sociais, não se enganem a respeito disso! Não é para acabar só com o PT ou PCdoB. Temos responsabilidade de convencer corações e mentes do que está colocado contra nós e levar o povo às ruas” – disse o Coordenador da FUP, José Maria Rangel.

O Coordenador do Sindipetro-NF fechou os discursos da abertura, lembrando que a saída está na união da classe trabalhadora com estudantes, movimentos indígenas e camponeses. “Só venceremos pelo viés da luta. Temos muita responsabilidade esse ano, dentro e fora da Petrobrás e só conseguiremos conquistar alguma coisa fazendo um bom combate” – finalizou Breda.