Petroleiros reforçam greve geral com paralisações em todo o país

 

[Da Imprensa da FUP] Cresceu a participação dos petroleiros na greve geral desta sexta-feira, 30. Em todo o Sistema Petrobrás, os trabalhadores aderiram pela manhã à paralisação iniciada à zero hora nas refinarias.

No Paraná, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco e em outros estados, houve bloqueios das rodovias que margeiam os polos industriais. No Paraná, os petroleiros e petroquímicos bloquearam a rodovia que dá acesso às distribuídoras de combustíveis e à FAFEN-PR.

Na Transpetro e nas áreas de exploração e produção, os trabalhadores participam das mobilizações, com atrasos, operações padrão e cortes de rendição em algumas unidades.

Em São Paulo, os petroleiros dos terminais de Guarulhos, Guararema, Barueri, São Caetano e Ribeirão Preto se somaram à greve no início da manhã. Em Duque de Caxias, os trabalhadores do Terminal de Campos Elíseos também aderiram ao movimento. O mesmo aconteceu nos terminais de Uberaba e Uberlândia, em Minas Gerais, no terminal de Brasília (DF), de Senador Canedo, em Goiás, e de Madre de Deus, na Bahia. No Terminal de Cabiúnas, em Macaé, os trabalhadores participam de assembleia agora pela manhã para discutir a participação na greve.

Nas usinas termelétricas Leonel Brizola, em Duque de Caxias, Aureliano Chaves, em Minas Gerais, Fernando Gasparian, em São Paulo, e Luís Carlos Prestres, em Três Lagoas (MS), houve também adesão dos trabalhadores à greve desta sexta-feira, 30.

Na Bahia, além da Rlam e da Transpetro, estão paradas as unidades de produção de Taquipe (Araças, Buracica e Fazenda Bálsamo), Fafen e unidades de Candeias (Op-Can e EVF).

No Espírito Santo, os petroleiros das plataformas P-57 e P-58, assim como da UTGC e da UTGSUL, estão realizando operações padrão e não emissão de PTs. Na sede administrativa de Vitória (Edivit), mais da metade do efetivo não foi trabalhar. ⁠⁠⁠⁠Há também mobilizações em São Mateus do Sul, área de produção terrestre.

No Ceará, os petroleiros também aderiram à greve e estão realizando pela manhã a abertura do congresso regional da categoria, mobilizados em frente à Refinaria de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor), em Fortaleza. Com o tema “Nenhum Direito a Menos: tod@s contra o golpe que privatiza a Petrobrás”, o Sindipetro-CE/PI dará continuidade aos debates do congresso no sábado, na sede do sindicato.

Dez refinarias em greve por tempo indeterminado

Todas as refinarias das bases da FUP estão sem troca de turno. A greve teve início à zero hora desta sexta e seguirá por tempo indeterminado, com avaliações diárias da FUP e dos sindicatos.

A paralisação segue forte na Refap (RS), Repar (PR), Usina de Xisto (Six/PR), Replan (Paulínia/SP), Recap (SP), Reduc (Duque de Caxias/RJ), Regap (MG), Rlam (BA), Abreu e Lima (PE) e Reman (AM). Os trabalhadores exigem a suspensão dos cortes de efetivos impostos pelos gestores à revelia das representações sindicais, o que viola o Acordo Coletivo de Trabalho. Na quinta-feira, 29, a FUP ingressou com Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica para que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) assegure o cumprimento das cláusulas do Acordo referentes aos capítulos de segurança e efetivos.

 

[Foto: Coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, fala em protesto nesta manhã na Reduc / Sindipetro-Caxias]