NF reitera que P-35 está com produção parcialmente parada e empresa contesta

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A diretoria do Sindipetro-NF continua a acompanhar a situação da plataforma P-35. A entidade reitera que a unidade sofreu, na prática, uma interdição parcial, uma vez que está impossibilitada de produzir em plenitude enquanto não forem atendidas exigências da Agência Nacional do Petróleo (ANP). 

O sindicato, no entanto, admite o erro de ter atribuído inicialmente ao Ministério Público do Trabalho (MPT) a determinação de parada de produção. O correto é que a plataforma está com a produção parcialmente parada por determinação da ANP.

Recentemente, a ANP, a SRTE (Superintendência Regional de Trabalho e Emprego) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estiveram na empresa para verificar documentos da unidade, após uma ocorrência de vazamento de óleo. Contrariando o Acordo Coletivo de Trabalho, o sindicato não foi convidado para esta fiscalização, o que contribuiu para o erro na informação inicialmente veiculada.

Nessa atividade de fiscalização, a ANP identificou pendências de segurança, o que gerou a emissão de um ofício cautelar que impede a P-35 de voltar a operar totalmente até que os itens encontrados na auditoria sejam sanados.

O sindicato destaca que esse não é o primeiro caso de vazamento interno de permutadores na região. A P-50 chegou a ser interditada recentemente pelo o mesmo motivo.

Versão da empresa

A entidade procurou a gerência de SMS da Petrobrás para conhecer a versão da empresa sobre a parada de produção na P-35. De acordo com a companhia, “a solicitação da ANP foi disponibilizar informações sobre alguns sistemas ou equipamentos. Não foi para sanar nenhuma pendência e isso já foi protocolado na agência. Sobre o embarque, não recebemos nenhum ofício para este embarque e sim solicitação de embarque para verificar o evento ocorrido na plataforma. Não teve embarque da ANP nem Anvisa.”

A empresa afirmou ainda “Estamos avaliando a classe do acidente e por isso não definimos a participação externa no grupo de investigação e não identificamos dificuldades do sindicato indicar representante, mesmo sem ainda definirmos a classe de acidente”.

O Sindipetro-NF lamenta que a empresa trate assuntos dessa gravidade de forma tão protocolar. “Estamos à beira de uma tragédia e a gestão da empresa está mais preocupada em querer justificar de interdição vem de “auto” ou “ofício”, do que admitir que o número de acidentes da Bacia são inaceitáveis e procurar uma saída efetiva para tal”, afirma um dos diretores da entidade, Tadeu Porto.