Lideranças sindicais e sociais participam de plenária da CUT-RJ no NF

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Lideranças de entidades sindicais e dos movimentos sociais realizaram na manhã de hoje, na sede do Sindipetro-NF, em Campos dos Goytacazes, plenária preparatória para congressos extraordinários da CUT-RJ. A atividade fez parte da estratégia da CUT em aproximar os debates das bases e de organizar a resistência ao conjunto de ataques aos direitos dos trabalhadores.

Integrantes da mesa de abertura dos debates e da plateia destacaram a aprovação, nesta semana, da chamada reforma trabalhista. De acordo com o presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, será necessária muita pressão para reverter este conjunto de mudanças que, na prática, acaba com os direitos dos trabalhadores e busca acabar com o movimento sindical.

Os trabalhos da plenária foram abertos pelo integrante da direção nacional da CUT, Vitor Carvalho, que formou a mesa coordenadora. Além de Rodrigues, integraram a mesa Duda Quiroga (CUT-RJ), Rafael Crespo (Sindipetro-NF), Antônio Carlos Barsotine, mais conhecido como Paulista (MST), Sérgio Borges (Sindipetro-NF e Frente Brasil Popular), Mateus Maçulo (Juventude Petista) e Odisseia Carvalho (CNTE-CUT).

O diretor do Sindipetro-NF, Rafael Crespo, afirmou que é necessária uma ação sindical que ultrapasse as questões restritas às categorias. “Sindicalista não pode achar mais que a atividade sindical se resume a um acordo coletivo. Isso não vai caber mais. Os sindicatos são os últimos bastiões da resistência contra todos esses ataques que o povo está sofrendo. Não dá para o movimento sindical ficar dentro da sua bolha. Temos que atingir a sociedade”, disse.

Rodrigues detalhou os prejuízos causados pela reforma trabalhista, que sobrepõe o negociado sobre o legislado e praticamente acaba com a Justiça do Trabalho. Entre as várias perdas, ele lembra a falta de proteção ao trabalhador que será causada pela noção de que a responsabilidade da empresa será restrita ao momento da execução das tarefas.

“Se você for almoçar, e se acidentar na hora do almoço, isso é problema seu [de acordo com a reforma trabalhista]. Passou a vigorar o efetivo exercício. Enquanto você está trabalhando é jornada, enquanto não está trabalhando não é. Chegou na empresa, está colocando o macacão, o teto caiu em cima do trabalhador, é problema dele. Estamos falando de uma legislação cruel”, exemplificou.