Editorial do Nascente: Setembro começou

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Mesmo com uma Pauta de Reivindicações que sobretudo prevê a conservação dos atuais direitos da categoria, com pleitos de mudanças apenas nas cláusulas econômicas — reposição integral da inflação pelo ICV/Dieese e ganho real —, a categoria petroleira não deve esperar uma Campanha Reivindicatória tranquila. Muito pelo contrário.

Cortar direitos é tudo o que o governo Mishell tem feito e o que a Petrobrás quer. Além disso, a Pauta pelo Brasil, que volta a ser colocada à mesa, se opõe de forma veemente ao modelo atual de gestão da companhia, que não poupa esforços em dilapidar o patrimônio da empresa, entregando ativos às demais petroleiras multinacionais.

Esta política de desmonte também inclui o esgarçamento das relações nos ambientes de trabalho, com as chefias sendo cada vez mais dotadas de licença da alta gestão para incorrerem em abusos, assédios e práticas antissindicais.

A entrega das pautas da categoria à companhia, nesta sexta, portanto, representa o início formal de negociações muito duras e para as quais os petroleiros e petroleiras deverão estar muito preparados. Não há limites para o entreguismo da dupla Mishell/Parente.

Trabalhadores e trabalhadoras devem estar prontos para uma grande greve, movimento que será discutido nos seminários indicados no calendário de lutas. É muito provável que esta nova paralisação tenha que ser ainda mais forte que a de 2015, para barrar a privatização em curso.

“O maior desafio da categoria continua sendo barrar a privatização do Sistema Petrobrás. Essa luta está diretamente associada à preservação dos postos de trabalho e do Acordo Coletivo”, lembra a FUP.

Estejamos atentos e fortes, muita luta há de vir neste setembro que já começou.

 

[Nascente 1005]