Editorial do Nascente: Caso na UO-Rio é sintomático

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A postura de um chefe de plataforma da UO-Rio, denunciada nesta semana pelo sindicato e publicada nesta edição do Nascente, que pressionou dois trabalhadores contratados a realizarem, após a jornada normal, um serviço “rápido” que durou até às 5h da manhã do dia seguinte, totalizando 22 horas de atividade ininterrupta, é um sintoma nítido do agravamento da precarização do trabalho, que só tende a piorar com as consequências da reforma trabalhista. É só o começo se não houver uma grande reação nacional. O momento é de extrema vulnerabilidade dos trabalhadores.

Por outro lado, a postura dos trabalhadores da Petrobrás que denunciaram o caso nefasto ao sindicato é a mostra de que podemos ter esperança, de que ainda existe muita gente que não se cala ao ver companheiros serem massacrados por chefetes insanos e autoritários.

As relações de trabalho são, históricamente, relações de conflitos, que precisam ser assumidas como tal para que as normas que as regulamentam sejam concebidas para proteger o lado mais fraco, o de quem vende a força de trabalho. Para precarizar esta relação, contratar de forma cada vez mais barata, o Capitalismo busca manter um exército de reserva, formado por desempregados, e um ambiente o mais desregulado possível, para que a única voz reguladora seja, na prática, a do patrão.

Este caso na UO-Rio é apenas um exemplo, entre milhares que surgem cotidianamente na Bacia de Campos, do que a coação é capaz em uma empresa gestada pela lógica neoliberal. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, é a lei que querem fazer imperar, manipulando as expectativas negativas que todos têm em um cenário de desemprego, perseguições e reduções salariais.

Vamos resistir! Fascistas, em todos os lugares, não passarão!

 

[Nascente 1006]