No início da noite de quarta, 22, ocorreu um incêndio num gerador auxiliar na P-33, no campo de Marlim, na Bacia de Campos. Trabalhadores a bordo contaram ao sindicato, que os operadores do gerador tentaram acionar um sistema interno de CO2, que não funcionou. Logo em seguida usaram todos os extintores de pó químico próximos ao local, mas também não foram suficientes. Novos extintores foram trazidos e o incêndio continuo, por isso a brigada foi acionada e levou 40 minutos até conseguir debelar as chamas.
Durante todo esse período a unidade ficou sem energia por conta do baixo efetivo a bordo. A brigada é composta de Técnicos de Segurança e Operadores, como não havia outros operadores a bordo a geração de energia não pode ser colocada para funcionar.
Segundo o SMS da UO-BC, o Plano de Resposta à Emergência foi acionado. O alarme tocou, e os residentes se dirigiram ao ponto de encontro. A produção chegou a ser interrompida manualmente, mas retornou após a normalização.
Apesar da empresa informar que a situação foi controlada às 19h15 do mesmo dia, o NF recebeu denúncia da categoria que na madrugada o fogo voltou e teve que ser debelado.
O diretor do NF, Leonardo Ferreira, afirma que o problema de geração de energia é crônico na unidade, inclusive com registros na Cipa. Na semana passada, já havia ocorrido no sistema de esgoto da P-33, denunciado no site e no boletim Nascente, que demonstra claramente a situação crítica da unidade.
Para a diretoria do NF, o baixo efetivo a bordo das unidades da Bacia de Campos está relacionada diretamente como aumento dos acidentes que estão acontecendo na região. Trabalhadores e manutenção são fundamentais para manter as plataformas funcionando adequadamente. Após o PIDV – Plano de Demissão Voluntária na Petrobrás, que já fazia parte do projeto golpista de MiShell Temer de desmantelar a empresa, muito trabalhadores saíram, as unidades estão operando com efetivo baixo e isso prejudica a segurança operacional e das pessoas que trabalham a bordo.
O Sindipetro-NF encaminhará denúncia aos órgãos fiscalizadores e orienta aos trabalhadores que continuem a denunciar através do e-mail [email protected].