Bastou um resultado expressivo nas assembleias para que a Petrobrás voltasse a adiar o encerramento da vigência do Acordo Coletivo. Foi mais uma comprovação, das milhares reunidas em tantas décadas de luta petroleira, de que só a luta combate a exploração no mundo do trabalho. Entregue à vontade dos patrões, todos os trabalhadores voltariam à escravidão.
Por isso, é muito importante que a categoria petroleira não esmoreça, não perca o foco da luta e não relaxe neste fim de ano. É fundamental que estejamos preparados para entrar em greve por tempo indeterminado a qualquer momento, caso a Petrobrás insista em cortar direitos.
Um momento oportuno de elevar os decibéis deste aviso à empresa é justamente hoje, para quando já estavam previstas mobilizações petroleiras em todas as bases da FUP, entre elas a do Norte Fluminense. Todos os petroleiros e petroleiras devem ficar atentos aos chamados do sindicato nas bases e nas mídias sindicais para atuarem de modo altivo nos protestos.
Todo o cenário adverso de redução de direitos dos trabalhadores brasileiros atestam que a sequencia de golpes busca ser implacável, sobretudo quando não encontra resistência. As perdas da classe trabalhadora neste ano de 2017 poderão levar décadas para serem revertidas. No caso da categoria petroleira, ao menos no ACT essas perdas não podem ser admitidas — sob pena, até mesmo, de servirem de parâmetro para ataques a outras categorias.
São dias de necessidade de muita união e sintonia com o sindicato, independentemente da função que se ocupe, pois todos estão ameaçados pela gestão Parente/Mishell. Nossas eventuais diferenças internas devem ser tratadas apenas nos fóruns adequados. Agora, somos nós contra eles.
Não é demais repetir a máxima da FUP para esta Campanha: o Acordo Coletivo será do tamanho da nossa luta. Estejamos prontos, firmes e fortes, pois do outro lado estão burocratas vorazes, políticos entreguistas, sanguessugas internacionais do petróleo, que não brincam em serviço e têm como missão o enfraquecimento do movimento sindical, o desmonte do estado e o aumento da vulnerabilidade dos trabalhadores.