A UTGCAB está com um problema crônico em seus detectores/sensores de gás e fogo, alguns inclusive inoperantes. Por conta disso, a gestão colocou seus trabalhadores para detectar presença de gás, incêndios e vazamentos, que foi intensificado após a execução de um novo padrão chamado de Análise de Risco Operacional (ARO). A “ronda” dos trabalhadores é feita no local duas vezes durante o turno, ou seja, ao invés de resolver o problemas dos detectores de gás, está expondo os trabalhadores ao risco.
Ao tomar conhecimento dos fatos, a diretoria do Sindipetro-NF entrou em contato com a gestão que confirmou problemas nos detectores/sensores de gás no terminal e que tomou a ação mitigadora de fazer essa ronda com os trabalhadores.
Segundo o coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra “os gestores também afirmaram que estão cumprindo os padrões internos da empresa que cobrem esse tipo de operação. O fato é que os trabalhadores estão ficando expostos com as falhas dos detectores e que estão fazendo rondas em locais sem monitoramento remoto. Colocando vidas em risco”.
Breve histórico
Não é a primeira vez que a Gestão de SMS da UTGCAB tenta manter em operação as plantas que tratam do processo do gás de origem do pré-sal a qualquer custo.
Para relembrar, desde o inicio de 2016, quando entraram em operação todas as plantas de recebimento, tratamento e processamento de gás do pré-sal foi detectado um odor forte em toda a unidade, fazendo petroleiros desmaiarem na área e passarem mal durante sua jornada de trabalho.
O Sindicato chegou a fazer registros na ata de CIPA, matérias no Nascente, site e encaminhou denúncias aos órgãos competentes alertando que não houve nova avaliação de corrente líquida e ambiental, depois do início da operação com o gás do pré-sal. Novos riscos foram acrescentados e a gestão deveria ter atualizado essas avaliações. Na época, o NF insistiu que isto era no mínimo uma irresponsabilidade por parte da gestão do SMS.
Atuação sindical
O Departamento de Saúde do NF está estudando as denúncias dos trabalhadores e verificando o desrespeito à legislação existente que coloca a categoria exposta ao risco na UTGCAB. Em seguida encaminhará denúncia aos órgãos como Ministério do Trabalho, ANP e Ministério Público do Trabalho.
Segundo Tezeu Bezerra também serão tomadas ações em nível institucional. ” Vamos cobrar as informações da empresa, entre ela a análise de risco, novos padrões e procedimentos. Também iremos solicitar o cronograma de manutenção dos sensores, porque é inaceitável para o NF que nos tempos atuais os trabalhadores estejam sendo expostos de forma tão insegura” – disse.
Para a diretoria do NF, a falta de manutenção dos sensores está intimamente ligada ao sucateamento da Petrobrás que foi imposto pelo governo golpista de MiShell Temer e seu assecla na empresa, o Pedro Parente. “Continuaremos a denunciar o a gestão da Petrobrás está fazendo com a maior empresa do país e propulsora de nosso desenvolvimento e dos empregos. Não podemos aceitar friamente o descaso total com a soberania” – afirma o coordenador do sindicato, Tezeu Bezerra.