Imprensa SindipetroPR/SC – Antes que essa quarta-feira (21) pudesse terminar, por volta das 15h, a Fafen-PR foi surpreendida com um vazamento de dióxido de enxofre (SO²) na Unidade 21 (U-21). Houve um princípio de incêndio onde, durante o combate, perceberam o vazamento do gás que envolveu toda a unidade e rapidamente acionaram a evacuação da fábrica.
Os trabalhadores utilizaram máscara de gás para deixar o local e até o momento a situação está controlada, porém ainda não possível se aproximar do lugar do vazamento para resolver o problema.
O Sindiquímica-PR já está levantando mais informações sobre esse fato prejudicial não apenas para os trabalhadores da Fafen-PR, mas para toda a sociedade. Eles contam com o apoio da Repar, da brigada de incêndio do administrativo e da brigada de incêndio do grupo 4.
De acordo com o diretor do sindicato Gerson Luiz Castellano, esse vazamento é resultado do processo de sucateamento e desmonte da Petrobrás feito pela gestão de Pedro Parente.
“A nova política da petrolífera oferece altos riscos de vida para todos, causar o vazamento desse gás que é tóxico, capaz de contaminar toda a área e contribuir para chuvas ácidas”, destacou Castellano.
PERIGOS
O SO² pode ser bastante perigoso para a saúde pública, porque é um gás denso, incolor, não inflamável, altamente tóxico e corrosivo na presença de umidade. Ele age principalmente no sistema respiratório, exercendo uma ação corrosiva e causando grande irritação. Sua inalação causa irritação da garganta, tosse, dificuldades respiratórias, constrição da caixa torácica, inflamação aguda do sistema respiratório e edema pulmonar.
Sua presença no ar causa irritação nos olhos imediatamente e, em altas concentrações pode causar queimaduras também nos olhos. Por esses motivos, se não for possível escapar rapidamente do local, a vítima sofrerá forte irritação dos pulmões, edema pulmonar e até mesmo a morte.
Na indústria, o dióxido de enxofre serve sobretudo para a produção de ácido sulfúrico – que possui numerosas aplicações como produto químico –, por isso, ele é um dos principais causadores da chuva ácida, prejudicial à saúde e ao meio ambiente.
Segundo o anexo 11 da Norma Regulamentadora 15 (NR 15), a concentração máxima de exposição no ambiente de trabalho (48h semanais) é de 4ppm. E, nessas condições, o ambiente é considerado com grau de insalubridade máximo.
Fonte: Sindiquímica-PR