A cesta básica no município de Macaé registrou aumento no mês de janeiro em relação a dezembro, de 6,86%, passando a custar R$ 387,24. Comparada com janeiro de 2017, o custo da cesta apresentou queda no preço médio, com retração de 1,17%.
TABELA 1
Gasto, variações mensal e anual e tempo de trabalho necessário
Macaé-RJ – Janeirode 2018
Produtos |
Quantidades |
Gasto mensal (R$) |
Variação (%) |
Tempo de trabalho |
|||
Janeiro 2018 |
Dezembro2017 |
Mensal |
Em 12 meses |
Janeiro 2018 |
Dezembro2017 |
||
Carne |
6 kg |
112,62 |
107,76 |
4,51 |
-3,74 |
25h58m |
25h18m |
Leite |
7,5 l |
27,98 |
26,48 |
5,66 |
5,98 |
6h27m |
6h13m |
Feijão |
4,5 kg |
25,02 |
22,95 |
9,02 |
-22,90 |
5h46m |
5h23m |
Arroz |
3 kg |
10,29 |
10,02 |
2,69 |
-4,72 |
2h22m |
2h21m |
Farinha |
1,5 kg |
4,47 |
4,23 |
5,67 |
-6,09 |
1h02m |
0h59m |
Batata |
6 kg |
12,78 |
13,14 |
-2,74 |
-8,58 |
2h57m |
3h05m |
Tomate |
9 kg |
42,30 |
27,90 |
51,61 |
47,80 |
9h45m |
6h33m |
Pão |
6 kg |
58,92 |
56,40 |
4,47 |
2,51 |
13h35m |
13h14m |
Café |
600 g |
14,66 |
14,33 |
2,30 |
11,82 |
3h23m |
3h22m |
Banana |
7,5 dz |
32,63 |
32,03 |
1,87 |
-23,82 |
7h31m |
7h31m |
Açúcar |
3 kg |
10,11 |
9,60 |
5,31 |
-13,81 |
2h20m |
2h15m |
Óleo |
900 ml |
4,06 |
4,04 |
0,50 |
-13,43 |
0h56m |
0h57m |
Manteiga |
750 g |
31,40 |
33,50 |
-6,27 |
12,18 |
7h14m |
7h52m |
Total da Cesta |
387,24 |
362,38 |
6,86 |
-1,17 |
89h18m |
85h05m |
Pesquisa Nacional da Cesta Básica
Fonte: DIEESE
Na comparação mensal, entre janeiro 2018 e dezembrode 2017, apenas dois itens sofreram queda nos preços médios, a manteiga (-6,27%) e a batata (-2,74%). Os produtos que obtiveram maiores aumentos foram o tomate(51,61 %),o feijão(9,02 %), a farinha(5,67 %), o leite(5,66 %), o açúcar(5,31 %) e o pão (4,47%).
Dos produtos que obtiveram aumento, o tomate merece destaque, devido ao seu forte aumento em todas as cidades pesquisadas no país. As variações oscilaram entre 6,94%, em Goiânia, e 94,03%, em João Pessoa.A menor oferta devido à redução da área plantada e às chuvas, que influenciaram na qualidade do fruto, foram os fatores que explicaram a alta no varejo.
No acumulado em doze meses, o preço médio da cesta básica macaense registrou queda de 1,17%.Dentre os itens que apresentaram redução dos preços médios, destacaram-se a banana(-23,82%), o açúcar (-13,81%), o óleo (-13,43%), a batata (-8,58%) e a farinha (-6,09%). Por outro lado, entre aqueles que registraram aumento nos preços, o destaque vai para o tomate (47,80%), a manteiga (12,18%) e o café (11,82%).
Em janeiro de 2018, com o reajuste de apenas 1,81% no salário mínimo nacional, o menor em 24 anos, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica para o trabalhador que reside em Macaé foi de 89 horas e 18 minutos. Em dezembro de 2017, quando o salário mínimo era de R$ 937,00, a jornada necessária foi calculada em 85 horas e 05 minutos. Em janeiro de 2017, o tempo era de 92 horas.
O valor gasto com essa cesta representou 44,12% do salário mínimo líquido, ou seja, após os descontos da Previdência Social.O custo da cesta básica de Macaé representou 87,25% do valor apurado no município do Rio de Janeiro (R$ 443,81) no mês de janeiro.
Em janeiro, o custo da cesta básica aumentou nas 20 capitais em que o DIEESE realiza mensalmente a pesquisa. As altas mais expressivas ocorreram em João Pessoa (11,91%), Brasília (9,67%), Natal (8,85%), Vitória (8,45%) e Recife (7,32%). As menores taxas positivas foram anotadas nas cidades de Goiânia (0,42%) e Manaus (2,59%). A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 446,69), seguida do Rio de Janeiro (R$ 443,81) e São Paulo (R$ 439,20). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 333,98) e Aracaju (R$ 349,97).
Com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em janeiro de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.752,65, ou 3,93 vezes o mínimo, já reajustado abaixo da inflação, no valor de R$ 954,00. Em 2017, o salário mínimo era de R$ 937,00 e o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.811,29 (ou 4,07 vezes o mínimo então em vigor) em janeiro e a R$ 3.585,05 (ou 3,83 vezes o piso vigente) em dezembro.