A Petrobrás negou, na tarde de hoje, socorro durante um incêndio que destruiu um carro estacionado ao lado do muro de uma das suas sedes, em Macaé, o Edinc. Aparentemente provocado por um curto-circuito, o incêndio, que começou por volta das 12h40, atingiu um Peugeout 206, em uma rua ao lado do edifício da companhia.
No momento em que começou o incêndio, acontecia, em frente ao Edinc, uma assembleia dos petroleiros, convocada pelo Sindipetro-NF. Diretores do NF correram para contribuir no combate às chamas.
O diretor Alexandre Vieira conta, em vídeo (aqui), que utilizou dois extintores para evitar que o fogo se espalhasse, e buscou socorro no prédio da Petrobrás, chegando a conectar mangueiras, mas foi impedido pela segurança patrimonial. Em razão da omissão de socorro, o carro foi completamente destruído, o que poderia ter sido evitado.
“Tentamos combater, usamos dois extintores. O prédio da Petrobrás está do lado, tem mangueira de incêndio e a Petrobrás não deixou que a gente estendesse. A mangueira que eu conectei foi desconectada pelo segurança patrimonial. Havia tempo para combater e não chegar ao ponto que chegou”, disse Vieira.
Após o incêndio, o diretor do Sindipetro-NF participou de reunião com representantes da empresa na própria sede do Edinc. A gerência defendeu a posição de negar o socorro, e um supervisor ainda se irritou quando advertido pelo sindicalista de que não estava sendo respeitada a sua fala e a de um cipista – ambos interrompidos insistentemente pelo preposto da companhia. O gestor se levantou e abandonou a reunião, encerrando as discussões.
Para o Sindipetro-NF, tanto a omissão de socorro quanto o comportamento dos representantes da empresa após o incêndio são exemplos do ambiente autoritário estimulado pela alta gestão da Petrobrás. Trata-se, para o sindicato, de uma política de negligência para com a segurança, indiferença em relação à comunidade do entorno das suas sedes e desrespeito à representação dos trabalhadores.
[Foto: Carro destruído por incêndio ao lado do muro de uma das sedes da Petrobrás, em Macaé / Reprodução Facebook Sindipetro-NF]