Da Imprensa da FUP – No início da noite desta quinta-feira, 25, o petroleiro Leonardo Urpia, diretor da FUP e do Sindipetro Bahia, foi vítima da intolerância e do ódio dos apoiadores do candidato Jair Bolsonaro (PSL), quando conversava com eleitores e distribuía panfletos com propostas de Fernando Haddad (PT) em uma praça do bairro de Imbuí, em Salvador. Ele estava com estudantes e militantes de organizações populares, quando um homem começou a ameaçar o grupo.
O agressor arrancou o cinto de sua calça (veja foto abaixo) e partiu para cima de dois jovens, quando Urpia tentou conter o homem e acabou tornando-se o alvo do agressor, que o atingiu com chicotadas na cabeça e nas costas. O petroleiro teve mãos e rosto machucados pela fivela do cinto e, ensanguentado, dirigiu-se à Central de Flagrantes da Polícia Civil da Bahia para prestar queixas contra o agressor. O estudante Estras dos Santos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), também foi ferido durante a agressão. A ocorrência foi registrada na nona delegacia (Imbuí).
Esse é mais um entre tantos episódios de violência nestas eleições, que ameaçam direitos fundamentais como o de livre manifestação. O Estado Democrático de Direito tornou-se refém da intolerância e do ódio disseminados e alimentados por Jair Bolsonaro e por seus filhos, que foram eleitos deputado federal e senador da República.
O Judiciário é também responsável por essa onda de violência que compromete o processo democrático, ao calar-se diante das declarações fascistas da família Bolsonaro e de ações arbitrárias a seu favor, como a que aconteceu no último sábado (20), quando fiscais do TRE invadiram a sede do Sindipetro-NF em Macaé, após saltarem a grade da entidade, arrobarem a porta e ameaçarem de atirar contra o vigia.
“Não podemos aceitar esta cultura do ódio, da intolerância. Se o agressor estivesse com uma arma, poderia ter ocorrido uma tragédia. Estou assustado com o caminho de ódio que o Brasil está tomando”, declarou o petroleiro, enquanto registrava queixa na delegacia. “A dor física e as lesões passam, mas a dor maior é saber que isto é fruto de uma condução irresponsável de um ser público, que está influenciando brasileiros a cometer atos criminosos de intolerância, racismo, agressões físicas, assassinatos”, afirmou Urpia, lembrando que a maior vítima disso tudo é a democracia.
A FUP repudia veementemente a agressão sofrida pelo diretor Leonardo Urpia e reafirma o compromisso da entidade com a defesa incondicional da democracia e de um projeto político popular que garanta os direitos sociais e a soberania nacional. Não nos intimidaremos diante deste quadro autoritário que tomou conta do país. O ódio não vencerá.
[FUP]