O coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, deve embarcar ainda hoje na plataforma PNA-2, na Bacia de Campos, para atuar na comissão que investiga o acidente que causou a morte, às 14h30 deste domingo, do petroleiro Sandro Ferreira da Silva, 43 anos. O horário do embarque, que deve ocorrer no final da tarde, ainda será confirmado pela Petrobrás.
Funcionário da empresa RIP Kaeter, Sandro realizava manutenção em um guindaste e, de acordo com as informações iniciais, teria sido esmagado pelo equipamento.
Mesmo após a morte ter sido divulgada por diversos portais de notícias e redes sociais, a família do petroleiro, que mora em Marataízes (ES), só foi comunicada oficialmente por representantes da empresa RIP Kaeter por volta das 21h de ontem.
Embora não represente os empregados da RIP Kaeter, o sindicato atua no caso desde que foi informado da morte e está à disposição dos familiares e colegas de trabalho do petroleiro. A entidade orienta a categoria a enviar informações sobre as condições de segurança na PNA-2 e em outras áreas operacionais para [email protected] ou fazer contato pelos telefones da diretoria (aqui).
“Os petroleiros, independentemente da empresa em que atuem, são os nossos olhos a bordo e nas bases de terra. E são eles que mais conhecem a realidade. Por isso é muito importante que mantenham o sindicato atualizado sobre as condições de trabalho”, afirma Bezerra.
O Sindipetro-NF prioriza o tema da segurança no trabalho em sua atuação e denuncia há anos a precarização das condições de atuação dos petroleiros, especialmente daqueles que estão empregados em empresas do setor petróleo privado, que são as vítimas mais recorrentes de acidentes.
Uma das conquistas do sindicato na luta contra a insegurança do trabalho é justamente a participação de um representante da entidade nas comissões de investigação dos acidentes. Para Bezerra, esta presença é particularmente importante neste momento, quando os trabalhadores estão ainda mais vulneráveis.
“Vivemos um momento grave de perda de direitos e isso tem um grande impacto na segurança. Cada vez mais trabalhadores estão sendo tratados como números, como peças que podem ser trocadas, e não podemos jamais admitir isso”, afirma o sindicalista.
[Atualizado às 11:00]