Nesta sexta, 24, o Coordenador Geral do Sindipetro-NF José Maria Ferreira Rangel e o Diretor Marcos Breda estiveram reunidos com Gerentes do SMS da UO-Rio, Setorial e de Plataforma da P-62, Cipistas eleitos de P-62 e outros profissionais da Plataforma para tratar do incêndio ocorrido no dia 10 de Janeiro. A reunião foi em resposta ao ofício enviado pelo sindicato cobrando a informação do acidente ao sindicato que deveria ter sido comunicado como é garantido no Acordo Coletivo de Trabalho.
O sindicato deixou claro que o correto seria a UO-Rio informar o acidente para que o sindicato decida se deseja ou não participar da comissão de análise. O Gerente de SMS da UO-Rio reconheceu a falha na comunicação do acidente.
Durante a reunião foi apresentada a ata de reunião extraordinária da CIPA a bordo da P-62 que reconheceu falhas na gestão que poderiam ter evitado ou minimizado o acidente. O sindicato destacou como grave a falta de análises de risco para a instalação a bordo dos geradores alugados. Foram identificadas outras situações como a falta de análises de risco para mudanças e o alto potencial do acidente com dois tanques de diesel nas proximidades. Também está no relatório que no momento do incêndio, ao acionar o alarme de emergência, apesar de todos ouvirem o som de alarme, alguns pontos não recebiam de forma clara as orientações do micro prioritário.
A plataforma ainda tem diversas obras que mostram que o item 2.6 dos Princípios Operacionais do E&P – “As instalações terrestres ou marítimas são entregues prontas para operar com segurança. Toda nova instalação, própria ou afretada, deve ser entregue completa e comissionada para a operação de acordo com o padrão corporativo de comissionamento.” – não foi respeitado. Existem mais de 1000 itens pendentes da obra que continuam a ser realizados em alto mar. Além disso, ficou confirmada a denuncia que itens importantes de segurança não estavam operacionais como, por exemplo: os sensores de fogo (UV) e as vistorias dos itens de segurança em todos os pontos. Nesse último caso os brigadistas tiveram dificuldades para utilizar equipamentos de segurança que, por falha do comissionamento, ainda estavam amarrados.
Os diretores relembraram denuncia publicada pelo sindicato, anteriormente, que apontava a saída da unidade do estaleiro sem os testes nos sistemas de segurança. Segundo as gerências presentes na reunião, os testes do Sistema Fixo de Combate a Incêndio e nas baterias de CO2 foram realizados momentos antes da viagem para a locação.
O Coordenador José Maria Ferreira Rangel, que é Conselheiro Representante dos Trabalhadores e Trabalhadoras no Conselho de Administração da Petrobras, solicitou cópia da ata da para comprovar no Conselho como as unidades estão sendo entregues pela Engenharia e recebidas pelo E&P.
