Assembleias estão aprovando greve pela soberania e por um ACT justo

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Os petroleiros estão aprovando o indicativo da FUP de greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira, 17, e rejeitando a proposta apresentada pela Petrobrás. As assembleias já foram concluídas no Rio Grande do Norte e estão em andamento no Rio Grande do Sul, Paraná, Duque de Caxias, Ceará, Pernambuco, Paraíba e Espírito Santo com aprovação da greve e rejeição da proposta. Nas demais bases da FUP, a consulta aos petroleiros será realizada ao longo da semana, prosseguindo até o dia 16.
A greve com parada de produção é uma resposta dos trabalhadores aos gestores da Petrobrás, que, após dois meses de enrolação, apresentaram uma proposta que não contempla em nada a categoria. Eixos fundamentais da pauta, como saúde e segurança, fundo garantidor para os terceirizados, revisão do PCAC, combate ao assédio moral, melhoria dos benefícios, entre outras reivindicações foram praticamente ignoradas pela empresa.

Luta conjunta com os trabalhadores terceirizados

Os trabalhadores do Sistema Petrobrás, sejam eles próprios ou  terceirizados, estão diante de um momento decisivo não só para essa campanha reivindicatória, como para todas as próximas que virão. O leilão de Libra e o Projeto de Lei 4330 colocam em risco a soberania e o desenvolvimento do nosso país, mas também direitos e condições de trabalho na indústria de petróleo. Nossa luta, portanto, é em defesa da soberania, da plena cidadania e por direito a um país com mais emprego e condições de trabalho dignas. 
Ao permitir a terceirização de atividades fim e acabar com a responsabilidade solidária das empresas contratantes, o PL 4330 põe fim a qualquer forma de proteção contra os calotes das prestadoras de serviço e precariza ainda mais as condições de trabalho. A unidade entre petroleiros próprios e terceirizados será fundamental para derrotar esse projeto. 
Na quinta-feira, 17, data indicada para o início da greve, os movimentos sociais e as centrais sindicais estarão novamente nas ruas, exigindo a suspensão do leilão, em um Dia Nacional de Luta, com atos e marchas em várias regiões do país. Os petroleiros estão, portanto, no olho do furacão e a greve é o principal instrumento de luta e resistência da categoria para garantir um Acordo Coletivo vitorioso e barrar a entrega de Libra e o PL 4330.
Essa é a hora de todos os trabalhadores, próprios e terceirizados, chegarem junto e mostrarem sua força. Vamos à greve em defesa da soberania e por condições decentes de trabalho para todos!

Petroleiros baianos param por segurança nos campos terrestres

Após quatro dias de uma greve que unificou trabalhadores próprios e terceirizados das estações coletoras dos campos terrestres da Bahia, os gestores da Petrobrás concordaram, finalmente, em se mexer para garantir a segurança dessas unidades. Essa foi a principal motivação da greve, que começou na noite do dia 03 e prosseguiu até segunda-feira passada, 07, envolvendo operadores da estatal e terceirizados. Os trabalhadores paralisaram a operação nas estações de Socorro, Marapé, Dom João, Parque São Paulo, Pedra Branca, Pitinga, Palmeiras e Taquipe, interrompendo a produção, estocagem e transporte de petróleo, bem como a distribuição para a Rlam. 
Na pauta da categoria, questões básicas, como o direito a um ambiente de trabalho seguro, já que os trabalhadores vinham sendo vítimas constantes de assaltos e roubos nas unidades, sem qualquer reação por parte da gerência da UO-BA. Foi preciso uma greve de quatro dias para que a Petrobrás finalmente se desse conta da gravidade da situação, concordando em  implementar as principais reivindicações do sindicato. A greve também arrancou o compromisso da empresa de que não haverá redução do efetivo de inspetores de segurança interna e nem redimensionamento do efetivo de vigilantes contratados.

Manifestações em todo o Brasil aumentam a pressão pela suspensão do leilão de Libra

O campo de Libra foi descoberto pela Petrobrás e tem reservas entre 12 e 15 bilhões de barris, um patrimônio estimado em 1 trilhão e 500 bilhões de dólares! Por lei, o governo pode permitir que esse reservatório fique inteiramente com a estatal, mas, em vez disso, quer entregar o tesouro às multinacionais. Para impedir tamanho crime de lesa pátria, mais de 80 movimentos sociais estão exigindo a suspensão do leilão, marcado para o dia 21. 
“A área de exploração de Libra não é um bloco, no qual a empresa petrolífera irá procurar petróleo. Libra é um reservatório totalmente conhecido, delimitado e estimado em seu potencial de reservas em barris, faltando apenas cubar o petróleo existente com maior precisão”, alertam sindicatos, organizações estudantis, movimentos populares, entre tantas outras representações da sociedade civil organizada em carta enviada à presidenta Dilma.
Na ponta de frente dessa mobilização nacional contra a entrega de Libra, estão os petroleiros junto com as entidades que integram a Via Campesina, como MAB e MST. Essas últimas semanas foram marcadas por intensa manifestação.  Além de uma acampamento fixo, em Brasília, os petroleiros realizaram greve de 24 horas no aniversário da Petrobrás e uma série de atos e manifestações públicas,  exigindo a suspensão imediata do leilão. 
Na segunda-feira, 07, militantes da FUP e dos movimentos sociais ocuparam o plenário da Câmara dos Deputados Federais, em Brasília, durante Sessão Solene em homenagem aos 60 anos da Petrobrás, com cartazes e palavras de ordem contra a entrega de Libra. Na terça-feira, 08, percorreram o eixão de Brasília, cobrando a suspensão do leilão. Petroleiros, estudantes e militantes do MAB saíram do “Acampamento da Soberania”, na Esplanada dos Ministérios, e seguiram em passeata até o STF, onde exigiram que os ministros do Supremo se posicionem contra o leilão. De lá, os militantes caminharam até o Palácio do Planalto, cobrando da presidenta Dilma que tenha coragem e impeça a privatização de Libra. 
Petroleiros, trabalhadores rurais, estudantes e demais militantes sociais também participaram de uma reunião com a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás e do Pré-Sal. Em carta enviada a todos os candidatos que disputam a presidência nacional do PT, a FUP cobrou que parlamentares, prefeitos e demais lideranças do partido pressionem contra a realização do leilão.
Em São Paulo, a FUP e o Sindipetro Unificado-SP reforçaram a luta contra a privatização do petróleo na manifestação que a CUT e demais centrais sindicais realizaram  na segunda-feira, 07, na capital paulista, durante a Jornada Mundial do Trabalho Decente. Na quinta-feira, 10, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, participou de sessão solene na Câmara dos Vereadores de São Paulo em homenagem aos 60 anos da Petrobrás, onde reiterou os prejuízos que o leilão de Libra trará para o Brasil, caso seja realizado.
Em Curitiba, o Comitê Popular em Defesa do Petróleo, fórum que reúne sindicatos e movimentos sociais, realizou mais uma manifestação em defesa da soberania, na sexta-feira, 11, no Centro de Curitiba. Nesta segunda, 14, uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná discute os impactos do leilão de Libra para o país.
Ainda nesta última semana, um movimento nacional de mulheres brasileiras se manifestou publicamente contra a privatização do petróleo, assinando uma petição pública pela suspensão do leilão de Libra. A jornalista Hildegard Angel encabeça as assinaturas, ao lado da geóloga Maria Augusta Tibiriçá e Gláucia Morelli, presidenta da Confederação das Mulheres do Brasil. Acesse a página na internet e assine a petição: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N44523

Todos contra o PL 4330! Artistas gravam vídeo denunciando o projeto da escravidão

As centrais sindicais e demais entidades de classe que lutam contra o Projeto de Lei 4330 ganharam a adesão de um grupo de artistas brasileiros, que estão se mobilizando nacionalmente para barrar o PL. Nesta última semana, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), uma das entidades que integram o Fórum Nacional de Combate à Terceirização,  começou a massificar nas redes sociais dois importantes vídeos gravados por Camila Pitanga, Wagner Moura, Dira Paes, Osmar Prado, Bete Mendes, Priscila Camargo, entre outros artistas nacionalmente conhecidos. 
Nos vídeos eles alertam para os riscos do PL 4330, o qual classificam como “algo muito grave”. De forma clara e direta, eles explicam o que acontecerá no Brasil em termos de trabalho, caso o projeto seja aprovado. “Imagine a escola de seu filho, os hospitais, as construtoras, todos substituindo os seus trabalhadores por profissionais com menos direitos e garantias”, alertam. “Terceirização se dá quando o trabalho de alguém é vendido por intermediário que lucra com isso”, explicam, informando que o PL 4330 “pretende autorizar essa prática de forma generalizada” e declaram categoricamente que “o resultado será prejudicial a todos os brasileiros, pois os trabalhadores perderão direitos e garantias, conquistados com anos de lutas”.
Os artistas que participam da campanha contra o PL 4330 integram também o Movimento Humanos Direitos (MHUD), que desenvolve ações contra o trabalho escravo e outras questões que violem ou coloquem em risco os direitos humanos. Os vídeos foram realizados em uma parceria da MHUD com a Anamatra e estão sendo compartilhados por todas as entidades que seguem na luta para derrotar o projeto da escravidão, como alertam a CUT e demais centrais sindicais. Acesse o vídeo no portal da FUP e ajude a compartilhar em suas redes sociais: http://www.fup.org.br/2012/galeria-videos