Manifesto dos trabalhadores de P-54
Nós trabalhadores da plataforma P-54, soberanamente reunidos em Assembléia, deliberamos por em 29/09/2013, acatar o indicativo do sindicato e trazemos o nosso manifesto com os seguintes pontos :
1. Punições
Condicionar as próximas rodadas de negociação do ACT, a retirada das punições e retaliações sofridas durante o movimento.
2. Em apoio aos trabalhadores da antiga TBM
Nós trabalhadores de P-54 nos juntamos e apoiamos os manifestos dos companheiros de P-51,P-18, P-20, P-26, P-37, P-48, P-56, P-08, P-27, P52.
Na pauta do acordo coletivo 2013-2015, há o seguinte texto na cláusula 117, parágrafo 10°:
CLÁUSULA 117 – JORNADA DE TRABALHO – TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO
Em atendimento ao inciso XIV do artigo 7º da Constituição Federal, a jornada máxima de turno ininterrupto de revezamento é de 06 (seis) horas, salvo acordo coletivo, por tal via podendo se praticar os seguintes regimes:
-Turno de 08 (oito) horas – com cinco grupos de turnos, com jornada de 8 horas diárias e carga de trabalho semanal de 33,6 (trinta e três vírgula seis) horas;
-Turno de 12 (doze) horas e sobreaviso, 48 (quarenta e oito) horas de repouso remunerado para cada 24 (vinte e quatro) horas de sobreaviso ou cada turno de 12 (doze) horas trabalhadas, com permanência máxima de 7 (sete) dias (7 dias de trabalho por 14 dias de repouso remunerado).
PARÁGRAFO 10 – As companhias comprometem- se a passar os trabalhadores da TBM para o regime ininterrupto de 12 horas nas atividades off-shore.
Solicitamos ao Sindipetro-NF/FUP para que a cláusula nº 117 do ACT 2013-2015 não só seja prioridade nas mesas de negociação, mas também que seja inserida como indicativo em assembleia perante o Sindipetro-NF/FUP, a fim de igualar o direito dos companheiros da TBM e lutarmos para que a Petrobras cumpra o que foi acordado e o que está sendo negociado nesse momento.
3. Represália contra os técnicos de segurança.
Informamos que o que após os movimentos da ação da RSR , que os companheiros Técnicos de Segurança de nossa unidade vêm sofrendo assédio por parte da Gerência de SMS da UO-RIO. Agora o mecanismo se dá de forma velada através de “convites” para mudarem de unidade. De uma hora para outra ocorrem os arranjos e os Técnicos são surpreendidos com a mudança de unidade. Que impacto isso pode acarretar?
Lembramos que cada unidade possui sua especificidade e que conta muito o tempo de trabalho no mesmo local. Isso é o mais valioso no trabalho dos TS para percepção de risco e de orientação aos TS mais novos da unidade.
Consideramos uma temeridade as trocas de forma unilateral dos Técnicos de Segurança das plataformase não se limita só a P-54 temos informações que outros colegas estão sofrendo do mesmo jeito em outras UO´s.
4.Pelegos
Solidarizamos com as demais plataformas da bacia de campos, que sinalizaram para o Sindipetro-NF, para que se faça cumprir o Estatuto Social do mesmo, no que tange aos Deveres dos Associados, Processo Disciplinar e Penalidades, artº. 7º. e art. 8º.
Lembrando que o pior “pelego” é o pelego sindicalizado, pois este se diz companheiro de luta, se beneficia das benesses da empresa e das conquistas dos trabalhadores, mas na primeira oportunidade furam a greve, agindo de forma egoísta, pensando somente em si, e acabam abandonando os companheiros no campo de batalha. Nos próximos movimentos sindicais, os trabalhadores lotados em P-54, apresentarão ao Sindipetro-NF a lista dos pelegos.