Imprensa da FUP – Na próxima quarta-feira, 15, os petroleiros se juntam aos professore e demais profissionais da educação no dia nacional de luta contra os ataques do governo Bolsonaro às universidades e escolas públicas. Os cortes generalizados de verbas, as perseguições aos professores e estudantes, a negação das pesquisas científicas, a tentativa de acabar com os cursos de filosofia e sociologia são parte do projeto de criminalização do conhecimento que vem sendo promovido pelo atual governo. Por trás desse processo, está o desmonte do Estado brasileiro.
Os petroleiros e os profissionais de educação há anos lutam, lado a lado, contra as privatizações e os ataques à soberania do país. As duas categorias protagonizaram lutas históricas em defesa do pré-sal e da Petrobrás como instrumentos de desenvolvimento nacional e de geração de renda e riqueza para o povo brasileiro. “Quando descobrirmos o pré-sal, tínhamos certeza que parte significativa dos recursos dessa riqueza tinha que ser destinada à educação pública. Por que nós tínhamos a verdadeira dimensão do que significa uma educação de qualidade em um país tão desigual quanto o nosso”, ressalta José Maria Rangel, coordenador da FUP.
O desmonte do setor público, que vem acontecendo desde o golpe de 2016, e a recente criminalização do pensamento impõem à sociedade uma reação à altura. A educação pública é um direito de todos. Desde a Constituição Federal de 1988, os governantes têm a obrigação de planejar e oferecer um ensino com mais qualidade para toda população brasileira. O Plano Nacional de Educação (PNE), vigente desde 25 de junho de 2014, estabeleceu diretrizes, metas e estratégias para os dez anos seguintes, através da ampliação do investimento público, que deveria atingir, no mínimo, 10% do PIB em 2024.
O que o governo Bolsonaro está fazendo vai na contramão do PNE. Um povo sem acesso à educação de qualidade é um povo sem soberania. Não podemos permitir mais esse ataque de um governo que está levando o nosso país a um caos generalizado. A defesa da educação, assim como a defesa da Petrobrás e do Pré-Sal, está diretamente ligada à defesa da soberania nacional e da democracia. “Os petroleiros estarão juntos com os profissionais da educação nessa luta. Não mexa com a Educação e não mexam com a Petrobras”, afirma José Maria Rangel.