Imprensa NF e RS – Com o tema “Liberdade Sindical, Direitos e Petrobrás do povo” teve início na noite do dia 23, a 8ª PlenaFUP em Belo Horizonte (MG), na Escola Sindical de Canoas.
Cerca de 200 petroleiras e petroleiras estão reunidos para debater as lutas da categoria e da classe trabalhadora frente aos ataques que tem recebido do atual governo.
Antes de iniciar a solenidade de abertura, a plenária realizou uma homenagem ao ex-presidente do Sindipetro-MG, Márcio Nicolau Machado, morto no início do ano em um trágico acidente de carro. Foi exibido um documentário com diversos depoimentos sobre a importância do sindicalista e sua atuação nos movimentos sociais mineiros.
A mesa de abertura foi composta pelo anfitrião e coordenador do Sindipetro-MG, Anselmo Braga, o coordenador da FUP, José Maria Rangel, o coordenador nacional do Movimento Nacional dos Atingidos por Barragens (MAB), Joceli Andreoli, pela coordenadora do Coletivo de Mulheres Petroleiras, Andressa Delbons e pelo Deputado Federal PT/MG, Rogério Correa.
A importância da realização de uma Plenária realizada na vigência de um governo que vem cumprindo seu nefasto e previsto plano de ações, com o objetivo de destruir a soberania do país, entregar suas riquezas nacionais e submeter os brasileiros à flexibilização da legislação trabalhista e o fim previdência social deram a tônica das falas da noite de ontem.
Anselmo Braga saudou a todos e disse que para ele o PlenaFUP mais importante da história da Petrobras está acontecendo em Belo Horizonte, numa escola sindical construída pela classe trabalhadora.
”Governo que pretende acabar com o ensino público fazendo do nosso país uma imensa colônia extrativista e de mão de obra barata.
Para o Coordenador da FUP, José Maria Rangel, os petroleiros enfrentarão uma das campanhas reivindicatórias mais duras da categoria. “Em momento como esse a palavra resistência ganha um significado ainda maior. Será com a nossa luta e com o nosso compromisso em transformar o Brasil, que iremos enfrentar aqueles que desejam submeter o nosso destino, entregando a nossa dignidade e a nação soberana. Estamos aqui reunidos para debater a proposta de enfrentamento e de desmonte do Sistema Petrobrás e de resistência às ações do governo Bolsonaro de retirada de direitos e de ataques as entidades sindicais”, destacou Rangel.
Joseli Andreoli do MAB, que acompanhou duas enormes tragédias da empresa Vale no Estado, uma em Mariana e outra em Brumadinho, lembrou que esses crimes são a colheita do que foi plantado pela privatização feita durante um governo neoliberal.
Associou esse resultado ao que pode acontecer com a Petrobrás, caso o povo brasileiro a deixe ser privatizada e entregue ao ganancioso mercado internacional. “Brumadinho é a Petrobrás amanhã! Temos que lutar em sua defesa, senão teremos como frutos a morte e a cobiça, como aconteceu aqui em Minas. Imaginem o risco que corre o litoral brasileiro se a Petrobrás for privatizada” – ressaltou.
Como desafios a enfrentar, Andreoli citou a defesa da soberania, da democracia, a luta pelo direitos da classe trabalhadora e a defesa da Petrobrás.
O deputado federal Rogério Correa falou que os deputados de oposição tem condições de fazer a resistência se tiverem unidade, apesar do quedro nacional desfavorável e convocou a população a acompanhar no dia 29 de maio do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras e nos dias 27 e 28 de junho do Seminário de lançamento do movimento pela soberania nacional e contra a privatização.
“A luta contra a privatização é de todos nós, por isso a necessidade de reagir a esse projeto de implantação do ultraliberalismo no Brasil que visa entregar as nossas empresas públicas, a previdência, educação e da saúde, anunciado pelo Ministro Paulo Guedes. Agora a Petrobrás e o nosso petróleo está no foco, em seguida será a água” – disse.
Correa sugeriu a apresentação de um programa alternativo que envolvam os movimentos, com base na taxação de fortunas, educação pública e gratuita, defesa do SUS, contra a privatização da previdência, geração de emprego e renda e que pregue a paz e exija segurança pública.